quarta-feira, 1 de maio de 2024

Futuro obscuro

Especialistas alertam que os EUA enfrentam crise sem precedentes da dívida soberana, com dúvidas se o governo poderá cumprir promessas ou sucumbir ao colapso financeiro admitindo tratar-se de cifra astronômica e impagável, alertando que  a crise de dívida soberana poderia desencadear colapso financeiro global supondo-se dentre muitos cenários o do estado confiscar ativos privados para cumprir obrigações, em cenário devastador. Relatório Financeiro do Governo norte americano de 2024, revelou realidade alarmante incluindo medidas de segurança social e Medicare que acendeu alarmes entre economistas e especialistas, com o WSJ avisando que os EUA enfrentam uma crise de dívida soberana sem precedentes com o dólar perdendo 25% do valor real desde 2020, em cenário que o governo fez promessas cada vez mais difíceis de cumprir e, durante décadas, os políticos ofereceram benefícios de segurança social e Medicare ao cidadão sem garantir fonte de financiamento sustentável, agora, com população envelhecida e dívida que dispara essas promessas são convertidas em peso insustentável às finanças públicas. Os EUA prometeram aos aliados no mundo, de garantias de segurança a ajuda financeira e manter os compromissos exige fluxo constante de recursos de um país abatido pela dívida com credores nacionais e estrangeiros incluindo indivíduos, empresas, fundos de investimento e governos estrangeiros que compraram bônus do Tesouro confiando na capacidade dos EUA pagarem suas dívidas e, caso não possa cumprir esses compromissos, a confiança no dólar e na economia desabará. Medidas extremas não faltam, incluindo aumentos maciços de impostos, cortes drásticos nos serviços públicos ou confisco direto de ativos privados, ações que podem desencadear crise econômica e social com cidadãos e empresas lutando para proteger sua riqueza e manter seu nível de vida já que a incapacidade do governo cumprir suas promessas minaria a fé nas instituições públicas e o tecido social desintegrar-se em mundo agitado pela incerteza econômica e agitação social. Neste contexto, criptomoedas e blockchain emergem e ocupam espaço de valor antes da incerteza, enquanto IA avança com potencial de transformar indústrias e economias em mundo que flerta com o abismo financeiro enquanto a inovação tecnológica pode tornar-se âncora para construir mais estabilidade e prosperidade. 

Neste cenário, o JPMorgan alerta à possível crise econômica pior que a 2ª Guerra Mundial em universo de economias entrelaçadas cujos riscos econômicos globais se transformaram em fonte de preocupação constante, não só à líderes empresariais e políticos mas ao cidadão comunitário. O CEO do JPMorgan Chase expressou preocupação por esses riscos, sugerindo gravidade maior que desastres econômicos que o mundo enfrentou na Segunda Guerra em que inflação, em níveis cada vez mais altos ao longo de décadas reduz poder aquisitivo e aumenta custos às empresas em cenário geopolítico em que a guerra na Ucrânia provocou crise energética e alimentar global, levando a aumento nos preços e desaparecendo perspectivas econômicas na incerteza, além disso, o aumento das tensões entre EUA e China cria ambiente econômico global mais volátil. Alerta que as tendências levariam a recessão global marcada por período de crescimento econômico negativo, não descartando risco de crise financeira semelhante a 2008 e, diante deste quadro, governos e bancos centrais tomam medidas proativas para mitigar riscos sugerindo redução de gastos e fomento de políticas que impulsionem crescimento econômico enquanto bancos centrais recebem conselhos de aumentar juros no combate da inflação. Contrasta com o otimismo dos mercados financeiros, em tendência de alta nos últimos meses, otimismo que levaria subestimar riscos por parte dos investidores se concentrando mais nas finanças corporativas no curto espaço que nos riscos no longo prazo. Voz influente no mundo financeiro o CEO do JPMorgan é visto como especialista confiável cujas perspectivas sobre economia e finanças são seguidas de pesquisa por investidores e analistas, por outro lado, críticos são pessimistas e seus comentários sobre riscos econômicos causam inquietação nos mercados, além disso, enfrenta críticas sobre seu comportamento pessoal,  tachado em ocasiões de arrogante e agressivo, no entanto, suas declarações são consideradas relevantes e dignas de atenção. Os dados devem respaldar afirmações sendo crucial examinar evidências e considerar motivações além das opiniões que revelam sentimentos ou interesses subjacentes e, manter pensamento crítico é fundamental, questionar e analisar informações ajuda sobre tendências e desenvolvimentos. A advertência de Jamie Dimon sobre a possibilidade de crise econômica histórica convida a reflexão sobre a fragilidade do sistema econômico global apesar do otimismo, inflação, guerra na Ucrânia e tensões geopolíticas que geram incerteza.

Moral da Nota: outra questão sensível é a transparência eleitoral em que vários estados norte americanos mostram interesse em colaborar com a Fundação Cardano à desenvolver sistema de votação blockchain cujo objetivo é aumentar transparência e confiança nos processos eleitorais. O CEO da Fundação Cardano revelou que foi contactado à explorar soluções de votação blockchain criando sistema para melhorar transparência e renderização de contas nas eleições, embora com desafios à superar, a Cardano avalia viabilidade de desenvolver solução no cenário exigido pelos estados interessados. Em entrevista  ao DailyCoin, Frederik Gregaard revelou que vários estados mostraram interesse em desenvolver sistema de votação pelo reconhecimento crescente na tecnologia blockchain como ferramenta à melhorar transparência e confiança nos processos eleitorais, no entanto, foram informados à Fundação Cardano que o objetivo principal é aumentar transparência e transmissão de informações nas eleições aproveitando características da tecnologia blockchain como imutabilidade e capacidade para registrar transações de modo seguro e verificável. O processo implica considerar desafios técnicos e logísticos associados à implementação de sistema de votação blockchain em escala estatal ao demonstrar compromisso com a democratização dos processos de tomada de decisões, exemplo destacado é a Catalyst, plataforma que permite aos titulares de ADA, criptomoeda nativa de Cardano, debater propostas e votar sobre projetos de rede em iniciativa para promover descentralização em aspectos chaves como tomada de decisão e rodadas de financiamento. Desenvolver sistema de votação blockchain para eleições estatais requer considerações adicionais e específicas em que a Fundação Cardano deverá abordar questões como escalabilidade, segurança e facilidade de uso para garantir que a solução proposta seja viável e eficaz, dado que a ideia de votação blockchain ganha terreno nos EUA, sendo provável que a Fundação Cardano tenha certeza de competência. Redes como Solana poderiam explorar oportunidades semelhantes para colaborar com estados interessados no desenvolvimento de plataformas de votação gerando corrida para oferecer solução mais robusta e confiável, com dados do IntoTheBlock, ITB, revelando que a Cardano registrou 978.780 commits no GitHub, 140% a mais que os 407.170 commits do Ethereum, sugerindo que os desenvolvedores reconheçam cada vez mais a Cardano como rede de atração com oportunidades semelhantes às da Ethereum. A Fundação Cardano ampliou seu alcance para combater o crime colaborando com a Polícia de Dubai em projeto piloto que utiliza blockchain para compartilhar dados confidenciais de modo seguro com autoridades policiais como a Interpol, iniciativa que demonstra o potencial blockchain à facilitar colaboração entre instituições em nível mundial.

Em tempo: o FMI estima que a dívida pública norte americana supera os 123% do PIB em 2024 e piora até 2029 posicionando em torno de 134%, sinalizando que as cifras manteriam uma constante nos próximos anos enquanto a nível global espera que aumente até  93,8% do PIB em 2024 e alcance 98,8%. No relatório Monitor Fiscal alertou que o déficit planta “resultados significativos” à economia mundial, em 2023, representou 8,8% do PIB enquanto a média entre economias desenvolvidas atingiu de 5,5% e 5,6%, expressando que os EUA registrou "desvios fiscais grandes" cujo déficit final cresceu mais que o dobro de 2022 a 2023, sendo que o "relaxamento da política fiscal, o aumento dos níveis de dívida, além da resistência da política monetária, contribuíram ao aumento dos rendimentos da dívida pública no longo prazo e à maior volatilidade incrementando riscos em outros países causados pelos efeitos de contágio dos tipos de interesse".


terça-feira, 30 de abril de 2024

Clima e Inflação

Estudo publicado na revista Communications Earth & Environment, avalia que efeitos das alterações climáticas e do calor extremo deverão conduzir, na próxima década, a aumentos persistentes na inflação global e alimentar com inflação podendo aumentar até 3,23% ao ano enquanto a inflação global subir a 1,18%, considerando “o pior cenário de emissões que poderia fazer com que as pressões sobre inflação dos alimentos ultrapassassem 4% ao ano em grandes partes do mundo.” Especialistas do Instituto Potsdam à Investigação do Impacto Climático e do Banco Central Europeu avaliam que “as condições de temperatura projetadas para 2035 sob aquecimento futuro implicam pressões inflacionárias ascendentes no mundo”, daí aumentos na inflação dos alimentos até 3,23% anualmente, em média, no mundo, e aumentos da inflação geral até 1,18% na próxima década esclarecendo que “depois de 2035, a magnitude das pressões inflacionárias estimadas divergem entre os cenários de emissões sugerindo que a mitigação decisiva de gases efeito de estufa poderia reduzi-las”. As alterações climáticas já afetam partes da economia aumentando custo da habitação em zonas de elevado risco climático e alimentando escassez de produtos alimentares no mundo, de azeite a cacau, em que alimentos serão o componente mais afetado pela inflação, com impacto desigual, sendo que maiores pressões deverão recair sobre países de África e América do Sul que poderiam ser controladas com abordagem política correta, no entanto, investigadores  alertam que se as emissões não forem reduzidas os impactos deverão piorar concluindo que “em cenário de emissões ideal as pressões exógenas sobre a inflação serão ligeiramente mais elevadas em 2060 que em 2035, mas em cenário de emissões mais pessimista resultaria pressões sobre a inflação alimentar superiores a 4% ao ano em partes do mundo".

Vale neste contexto, considerar que a geração de riqueza no século XIX e o surgimento das criptomoedas no século XXI ajudam compreender evolução do dinheiro ao longo da história, chamados de “quarenta e nove” porque se aventuraram na corrida do ouro na Califórnia com objetivo de obter ouro em 1849, daí, milhares cruzaram os EUA e algumas décadas mais tarde, o perfil sócio econômico do Ocidente mudou. Em nosso século as coisas parecem diferentes, em 2009 Satoshi Nakamoto minerou o primeiro bloco de Bitcoin, com isso, estabeleceu fronteira em termos de geração de riqueza inserido em conceitos como descentralização e digitalização que fazem parte do novo cenário, daí, milhares no mundo entenderam que a busca pelo “novo ouro” seria  com um computador. Apesar de diferenças, tanto a corrida do ouro há um século e meio como o entusiasmo atual pelas moedas digitais desencadearam efeito dominó nos ecossistemas produtivos e financeiros, enquanto na Califórnia do século XIX, o horizonte aberto pelos quarenta e nove originou construção de estradas e ferrovias, assistiu ao nascimento de instituições financeiras ligando mineiros a investidores e ativando avanços para tornar a mineração hidráulica mais eficiente e rentável. Já o processo iniciado pelo Bitcoin em 2009 é equivalente ao que blockchain impulsiona inovação em áreas como tokens não fungíveis, NFT, e contratos inteligentes, desafiando sistemas financeiros tradicionais em questões como eficiência, velocidade das transações de armazenamento e valor enquanto círculo virtuoso, sendo inegável que a corrida do ouro na Califórnia tem lado infeliz em que a onda especulativa e ambições excessivas originaram lendas de que a mineração não era para todos, relevos e terrenos eram enganadores e o domínio das ferramentas exigia preparação. O criptoecossistema, apesar de jovem, passa por problemas semelhantes combinando especulação e más práticas que explodiu a FTX por exemplo, uma das plataformas mais sólidas até então, neste contexto, otimismo e cautela, empurram a nova fronteira do ouro digital exigindo ferramentas e conhecimentos com os “quarenta e nove” de hoje mantendo intacta a visão de que só um mercado mais consistente será capaz de minimizar os riscos. A geração de riqueza deve ser acompanhada por plataformas que, baseadas na IA agilizam criação e gestão de ativos de criptomoedas e ao contrário dos aventureiros californianos do século XIX, o “ouro digital” do século XXI mostra distância de febre passageira e sua integração gradual nas finanças tradicionais prevê capítulo em que a regulamentação e inovação serão equalizadas e reforçadas.

Moral da Nota: moedas de contratos inteligentes são autoexecutáveis e programadas em aplicação automática dos termos do contrato, que proporcionam ao usuário poder e segurança em relação as moedas tradicionais, consideram DApps, aplicativos descentralizados desenvolvidos em blockchain e permitindo que usuários gerenciem ativos digitais via tecnologia de contratos inteligentes fornecendo meio para manter os criptoativos na custódia automática, além disso, funções facilitadas como transações agrupadas, possibilidade de pagar tarefas de gás em token diferente, opções de recuperação personalizáveis e etc. As vendas suportam dinheiro de contratos inteligentes buscando evitar roubo de ativos ou acesso não autorizado em que moedas de contratos inteligentes utilizam métodos de criptografia e blockchain e o dinheiro armazenado cifra modo seguro a chave privada do usuário, tornando mais difícil ao hacker acessar fundos privados, daí, transações e códigos de contratos inteligentes armazenados na blockchain e traduzidos com transparência permitem ao usuário consultar histórico de transações no explorador de blocos e verificar veracidade dos registros caso suspeite de comportamento fraudulento. Graças a descentralização, moedas de contratos inteligentes reduzem suscetibilidade à censura e pontos únicos de falha em que contratos inteligentes dotam usuários de recursos personalizáveis como limitações de gastos, transações multi firmas e regras programáveis, adaptando controle dos ativos digitais às necessidades individuais já que moedas de contratos inteligentes melhoram a funcionalidade do ecossistema Web3 como acesso a serviços DeFi, identidade descentralizada, gerenciamento de ativos e sistemas de votação podendo ser utilizadas como pagamentos rápidos, empréstimos, comércio de tokens, fornecimento de liquidez, interação com DApps e integração com exchanges descentralizadas.