segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Venezuela e o DASH

Economias destroçadas servem como laboratório de teste de  força e estabilidade da contabilidade distribuida ou DLT. O carro chefe é a Venezuela pela hiperinflação, infraestrutura precária etc. O Irã  servirá de contraponto no romper o cerco financeiro a que está submetido. Nesta ideia surge o DASH com portas abertas na Venezuela, buscando escala de serviços e distribuindo 53 mil smartphones com uma média de 26,5 mil distribuídos entre pequenos comerciantes. Resultado de aliança entre o grupo e os fabricantes norte-americanos KriptoMobile, distribuindo smartphones acompanhados de carteira embutida, bem como aplicativos Uphold e Bitrefill.
A equipe do Grupo Core do Dash, publicou um relatório sobre a distribuição de mais de 60 mil smartphones na América Latina. A entrega dos telefones agrega uma carteira de papel contendo entre 0,002/0,015 dash ou cerca de US 0,17/1,29 dólar, visando adoção do cryptoativo. Ao longo do tempo é a privacidade que tem caracterizado o DASH e na Venezuela, o volume de câmbio diário aumentou 263% em 2018, no entanto, a falta de conhecimento da população que adquire o equipamento  tem projetado baixa escalabilidade. 
Moral da Nota: as funções básicas do smatphone permitirão usar o DASH através de mensagens de texto, além de aplicativo enviado para aparelhos atuais e futuros visando encontrar sites que aceitem DASH como método de pagamento. Relatam ainda downloads de chaves oficiais na Venezuela aumentando desde o anúncio da distribuição dos dispositivos, além do uso da plataforma de troca Uphold imediatamente antes e depois da aliança com a KriptoMobile. Já o uso do Bitrefill, um aplicativo para recarregar celulares com criptoativos, aumentou entre outubro e novembro.
Em tempo: nada é definitivo, uma conclusão de experiência virtuosa ou fracassada, deve levar pelo menos alguns anos. Aí sim, poderemos dizer que impacto econômico foi obtido. Os refugiados dirão. 

domingo, 30 de dezembro de 2018

Iniciativa RE100

Segundo a Bloomberg News Energy Finance, mais de U$ 100 bilhões serão investidos em energia renovável nos próximos quinze anos, enquanto os EUA investiram em 2016 US 58,6 bilhões a China investiu cinco vezes mais ou US 287,5 bilhões. A eMotorWerks usa nos EUA sua rede de 6 mil carregadores EV formando uma bateria virtual distribuída armazenando diretamente à rede. Fora dos EUA se intensifica o compromisso com energia renovável, como a Tesla que trabalha com a PG & E em baterias de 1,1 GWh na Austrália, economizando cerca de US 28,9 milhões em custos de estabilização da rede elétrica. A Siemens fornece na China transformadores de corrente contínua de alta tensão em extensão de 3.284 km e transmissão de 12 GW. A Índia aumentou em 28% sua meta de energia renovável de 2022 ou de 175MV para 227GW três vezes os atuais 70GW.
Segundo dados do Sierra Club mais de 80 cidades, 5 municípios e 2 estados americanos se comprometeram com 100% de energia renovável ​​sendo que 6 dessas cidades já atingiram a meta. Por meio da iniciativa RE100 mais de 150 das empresas com forte influência no mundo entre elas GM e Walmart, tem compromisso com 100% de eletricidade renovável. Trabalham na criação de mais de 184 toneladas de renovável/ano, mais que suficiente para abastecer o estado de Nova York. Através de novas fontes de financiamento para implantação mais rápida, mais de US 94 bilhões em investimentos buscam as metas de 100%. Uma das maiores concessionárias de energia dos EUA a Xcel Energy, comprometeu com zero carbono até 2050 na “visão de energia limpa”. Enquanto mais de 40 concessionárias, incluindo cinco entre as dez maiores do mercado, a européia Orsted, a americana NRG Energy e a chinesa CLP tem  compromisso com as metas científicas do clima. 
Moral da Nota: a tendência do carvão mostra necessidade de empresas americanas e governo se envolverem na transição justa aos trabalhadores em risco de desemprego. Desde que o atual governo americano assumiu em janeiro de 2017, usinas de carvão  fecham em ritmo acelerado. A transição à renováveis ​​é impulsionada por avanços tecnológicos abrindo mercados e oportunidades. Tecnologia reduz custos de produção da energia solar e eólica, melhorando armazenamento que multiplicará 6 vezes até 2030, transferência, gerenciamento e distribuição. 

sábado, 29 de dezembro de 2018

A China

O Grandshores Technology Group empresa pública apoiada pelo governo do município de Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang e afiliada a fundo blockchain de US 1,46 bilhão, liderará "stablecoin" atrelada ao iene. Posicionada como plataforma de lançamento internacional para o Hangzhou Grandshores Fund, sediada em Cingapura, listada na Bolsa de Hong Kong e oficialmente incorporada nas Ilhas Caiman, lida com projetos de construção privada e de agências governamentais. Até fevereiro de 2019 a Grandshores pretende lançar o stablecoin iene, além criptomoedas atreladas a dólares de Hong Kong e australiano.
Stablecoin é uma criptocorrência vinculada a ativo estável como ouro ou moeda forte e segundo os criadores da Stablecoin iene, há demanda global para criptoativos estáveis na liquidação de negócios em criptomoedas. Tal evidência se dá pela preferência comercial devido ao tempo de liquidação mais rápido. Além do fato de serem vistos como proporcionando estabilidade de preços em períodos de volatilidade do mercado de criptomoedas.
Moral da Nota: A opção da empresa pela moeda japonesa em vez do yuan chinês gerou discussões. Talvez evitar a ira do governo central chinês, desconfortável por um governo local indiretamente financiando stablecoin. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Totalmente automatizada

A Napston consiste numa plataforma de negociação de criptomoedas sobre tecnologia patenteada chamada Redes Neurais Artificiais Distribuídas, programada para prever o mercado via poder de processamento de milhares de fontes independentes. Trata-se de plataforma de negociação criptografada, 100% automatizada negociando bitcoins e ethereuns, além de conformidade regulatória e transparência inserindo o comércio de criptomoedas em mais segurança e rentabilidade. 
Fundada em 2013, a Napston nos últimos cinco anos enfrentou incertezas e flutuações num mercado instável e em evolução. Focada em clientes corporativos com alto patrimônio líquido, partícipes com seus portfólios da estruturação e negociação da tecnologia de Redes Neurais Artificiais Distribuídas (DANN). A DANN, base da plataforma automatizada de comércio de criptomoedas da Napston é uma rede de nós como redes neurais do cérebro humano, programada para prever com alta precisão o mercado de criptomoedas, dependendo do poder de processamento disponível gerado por rede de computadores altamente distribuída.
Moral da Nota: a criação do Bitcoin em 2009 trás a reboque mais de trezentas criptomoedas diferentes resultando na extrema volatilidade do mercado, tornando o comércio de criptomoeda alternativa lucrativa de forte risco e emoções aos comerciantes em todo o mundo. Por conta de sua base na tecnologia de Redes Neurais Artificiais Distribuídas, a Napston cria oportunidade de ganhos em bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) enfrentando através da automação a alta volatilidade.
Em tempo: A VNX Exchange plataforma de Luxemburgo para ativos de capital de risco em tokens, é parceira da Universidade de Luxemburgo no aumento da segurança de ativos de criptografia. Pesquisadores do Centro Interdisciplinar de Segurança e Confiança da Universidade, buscam criar ambiente comercial com altos níveis de segurança de rede projetando novas estruturas de TI.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Ecossistema digital

Olhando o entorno vemos que a base da economia de mercado se dá no produto ou serviço, que através da oferta e procura adquire escala via consumo, resultando no lucro. Quer dizer, o mercado não perdoa, pune os perdedores ou quem não lucra acaba. A nuance com o ecossistema digital é que neste foco, o serviço e a escalabilidade se faz pela procura nem sempre representando lucro, mas na prestação do serviço. Um exemplo prático disto são as redes sociais, caso do Twitter por exemplo, com prestação de serviço em escala gigantesca na primavera árabe, nos protestos do Irã, no Brexit, nas eleições americanas e brasileiras, inclusive como fator decisivo, representado por baixo custo. 
Nesta ótica, um pente fino nos esclarece que novamente o Twitter passou a maior parte do tempo prestando tais serviços com balanços negativos, prejuízo mesmo. Esta ideia nos serve de base ao ecossistema digital ambiental com serviços sem metas de lucro a curto prazo, descartados na economia de mercado pela baixa escalabilidade, se viabilizam no ecossistema digital remunerados por moeda estável digital. Um exemplo está na logística reversa, em programa de recompra de veículos com mais de vinte anos por preço no topo da tabela do ano de referência, mais perdão de multas e impostos não pagos, conduzidos à usina de reciclagem automotiva, desmanche, cuja matéria prima produzida retorna a cadeia produtiva, siderurgia por exemplo, tudo remunerado por moeda virtual ambiental. Óbvio que ferro velho não tem valor na economia de mercado e econômicamente desmanche não atrai, mas concorre com a mineração por matéria prima mais barata, reciclada, cria empregos, só pensar em 60 anos de indústria automotiva entre nós. Junte-se a isto, usinas de reciclagem de eletrodomésticos, de resíduos sólidos orgânicos e inorgãnicos, tratados por água de re-uso. Algo deste porte na economia virtual remunerado por moeda própria, certamente trará mais liquidez à economia de mercado ou fiduciária, injetando dinheiro no extrato mais pobre da população, fortalecendo o consumo, quitando dívidas ou mesmo servindo de capital ao pequeno negócio no ecosssistema digital.  
Moral da nota: isto acima é falado, porque nas discussões em andamento no exterior envolvendo o setor automotivo relacionado a veículos movidos a gasolina e díesel, passa pelo fim da sua produção e proibição de uso, ficando a dúvida se eles imaginam  transferência da tecnologia obsoleta para África e América Latina. 
Em tempo: fica a sugestão ao Judiciário permitir a troca de todos os veículos retidos por mais de seis meses nos pátios dos Detrans ou alienados em sede de governos de Estados ou Municípios, incluindo os indisponíveis em delegacias do país e trocá-los por Tokens de valor médio conhecido e justo emitido pelo BNDES, liberando o espaço, retornando o investimento feito, enviando os veículos à Logistica reversa ou reciclagem com rastreamento via DLT do caminho percorrido. O mesmo talvez poderia ser feito com a papelada dos precatórios, trocando a dívida por Tokens e enviando o produto obsoleto à reciclagem.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

IBM Security

O IBM Security aprofunda a inteligência do QRadar Advisor com o Watson através do Aprendizado de máquina, otimizando a contextualização do comportamento das ameaças e propondo respostas de segurança. Permite que o Watson, reúna, leia e compreenda dados de segurança de fontes externas, trazendo informações auxiliares ao entendimento de determinada ameaça, permitindo o gerenciamento dos riscos pelas organizações na proteção contra ameaças emergentes. 
A IBM monitora 60 bilhões de eventos de segurança/dia em 130 países com mais de 8 mil patentes no mundo, enquanto o QRadar Advisor aprende em tempo real com as ações tomadas nos ambientes corporativos. Apresenta novos algoritmos de construção de modelos para especificidade de ameaças baseado em ações e resultados de eventos anteriores ocorridos. Esse modelo pode ser usado na exclusão de falsos positivos, ajudando decidir se a ameaça deve ser escalada como malware, exfiltração de dados ou ameaça específica, tornando-se mais inteligente quanto mais usada, aprendendo e adaptando em consequência as interações.
Moral da Nota: a combinação desses novos modelos de aprendizado de máquina, agrega atividades na rede com capacidades investigativas do Watson para Cyber ​​Security, analizando a pesquisa publicada na comunidade de segurança e conduzindo investigações mais consistentes. 

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Ponto sem retorno

Estudo realizado por ingleses e holandeses, publicado na revista Earth System Dynamics, mostra que o prazo em limitar o aquecimento a 1,5°C já passou, a não ser que sejam tomadas ações radicais. Conclui que há muito pouco tempo antes de inviabilizar as metas de Paris, ​​mesmo com estratégias drásticas de redução de emissões. Avisa que se governos não agirem com decisão na luta contra a mudança climática para 2035, alcançaremos um 'ponto sem retorno.' 
O conceito de 'ponto sem retorno' busca conter informações temporárias úteis para informar sobre a urgência das medidas climáticas, ou, o último ano possível para reduzir de forma drástica emissões antes que seja tarde demais. Modelos climáticos determinam com 67% de chance, o prazo de inicio das ações climáticas para manter o aquecimento provável abaixo de 2°C até 2100. Para atender a meta, seria necessário aumentar a participação de renovável em 2%/ano até 2035 e caso tal aumento fosse de 5%/ano levaríamos outros 10 anos. Para limitar o aquecimento a 1.5°C até 2100, as medidas a serem tomadas deveriam ser até 2027. 
Moral da Nota: a UE deverá ser a primeira a atingir emissões zero, para isso necessita alterações no modelo econômico. Para alcançar a neutralidade de carbono em 2050, anunciou um Plano de Ação possível com a tecnologia atual. Neutralidade do carbono não implica em parar de poluir e sim, fazer com que o resultado líquido da poluição seja zero. Para atingir a meta de elevar a temperatura em menos de dois graus, devem ser implementados métodos de redução e compensação da poluição existente. Define 2050 como data para estados membros estabelecerem orçamentos e métodos de combate a mudança climática. Prioriza sete objetivos entre eles melhorar a eficiência energética, desenvolver tecnologias de emissão zero como prédios inteligentes por exemplo. Tal mudança exigirá investimentos de 300 bilhões de euros/ano aumentando o PIB em 2%, sendo a energia renovável foco para desapegar dos combustíveis fósseis. Aí, envolve proibição da venda de carros a gasolina e diesel em 2040 e sua retirada de circulação em 2050. Os híbridos serão afetados, além de fonte sem emissões usam outra com emissões.
Lembrete: em andamento negociações com a indústria automotiva mundial, com sindicatos de carvão e processo de retirada de subsídios dos combustíveis fósseis, sem evidentemente esquecer que estamos em espiral ascendente de envelhecimento populacional de  alcance global.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Token e criptomoeda

O Token é traduzido como um registro com características definidas, confundido como Criptomoeda ou mesmo sinônimos. Ambas as palavras significam unidades de valor de uma blockchain. A origem do Token nos remete ao final do século XIX, quando proprietários de terras usavam como artifício de remuneração dos empregados. Consistiam em peças semelhantes a moedas, trocáveis ​​por mercadorias e mantimentos nas lojas do próprio fazendeiro e sem valor fora da fazenda. Nos cassinos são peças com valor econômico trocadas por dinheiro. No ecossistema  virtual, os Tokens de uma cadeia de blocos funcionam como meios de troca podendo ter outras funcionalidades. Podem ser emitidos por empreendimentos de fintech ou relacionados ao uso de blockchain representando ativo ou ter utilidade particular.
No livro 'The business blockchain' de William Mougayar, Token é descrito como "unidade de valor criada por uma organização para governar seu modelo de negócios e capacitar usuários a interagir com seus produtos, facilitando a distribuição de benefícios entre todos acionistas." Possui similaridades com  criptomoeda na medida que seu valor é aceito por comunidade blockchain, servindo como meio de pagamento de determinado ativo criado no protocolo de criptomoeda existente na blockchain. Usman W. Chohan da Universidade de Nova Gales do Sul, explica que "uma criptomoeda é um ativo digital construído para funcionar como meio de troca" através de transações eletrônicas, usando técnicas de criptografia para "garantir o fluxo transacional". Em 'Cryptoassets,' Burniske e White explicam que neste caso a criptografia funciona como "mecanismo que permite as partes transmitir com segurança informações entre si através de canais inseguros".
Moral da Nota: o desenvolvimento da tecnologia de contratos inteligentes através da Ethereum, determinou a escolha preferencial pelos tokens nos projetos dessa rede. Os tokens podem ser distribuídos por oferta de moeda inicial (ICO), financiamento coletivo (crowdfunding) e etc. Criptomoedas e Tokens têm similaridades como ambos serem unidades de valor aceitos por comunidade existindo em uma blockchain. A diferença maior entre eles está nas criptomoedas funcionarem em cadeia de blocos própria e independente, ao passo que tokens são criados em blockchain existentes não sendo mineráveis. Por fim, o token possui outros usos além de servir como meio de pagamento, podendo representar todos os tipos de bens fungíveis ou aqueles com capacidade de serem substituídos e negociáveis.

domingo, 23 de dezembro de 2018

O plástico e o mar

Relatório da Ocean Conservancy e do McKinsey Center for Business and Environment, aponta China, Tailândia, Indonésia, Filipinas e Vietnã como responsáveis ​​por mais de 55% do lixo plástico lançado no oceano. Equivalente a uma carga de caminhão basculante por minuto, caso aumente nestes países as taxas de coleta e reciclagem de plástico para 80%, reduziria a taxa global de lançamento plástico oceânico em 23%. Além do que as áreas responsáveis ​​pelo vazamento de plásticos são empobrecidas com infraestrutura limitada e graves problemas de segurança, tornando recicladores suscetíveis a furto caso sejam recompensados com dinheiro. Dos cinco, a Indonésia por exemplo, abriga os mais altos níveis de biodiversidade marinha do mundo, em que recifes de coral são ameaçados pelo lançamento de plástico, centrais à cadeia alimentar que sustenta milhões de pessoas.
Nesta ideia surge a startup Plastic Bank de reciclagem de resíduos plásticos, uma das principais organizações que trabalham visando reduzir a crise do plástico oceânico. Possui um programa bem-sucedido de prova de conceito em execução no Haiti, através de uma plataforma para coletar o plástico oceânico aliviando a pobreza por ecossistema global de reciclagem. Usa solução blockchain ligada a um aplicativo móvel, recompensa coletores pela quantidade de plástico que trazem aos centros de coleta usando tokens digitais em vez de dinheiro. A solução de criptomoeda customizada rodando no protocolo Hyperledger Fabric da IBM, faz interface entre compradores de plásticos e coletores individuais de plásticos, via tokens que permitem comprar bens e serviços necessários reduzindo o risco de perda ou roubo. Um modo confiável de recompensar recicladores individuais de resíduos de plástico. O Plastic Bank atua como loja de conveniência para pessoas que aceitam o lixo plástico como moeda. O plástico coletado pelo ecossistema é classificado, reciclado e vendido para marcas inovadoras usarem em sua fabricação em vez de novos plásticos. 
Moral da Nota: a SC Johnson e o Plastic Bank, se associam para criar na Indonésia oito centros de reciclagem no próximo ano, no enfrentamento a crise mundial de plástico oceânico e fornecendo renda às famílias locais. Os coletores de lixo locais trazem o plástico que coletam para qualquer centro e trocam por tokens digitais, enfrentando a ameaça dos plásticos oceânicos globais e aumentando a taxa de reciclagem em áreas menos privilegiadas.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Cidades com cérebro

Aconteceu na Grécia Antiga via polis grega, a oportunidade da humanidade colocar o ambiente urbano a serviço das pessoas. No presente surge um novo conceito de metrópole buscando recuperar o protagonismo cidadão inserindo a 'cidade inteligente' ou adaptada a seus habitantes, com milhares de dispositivos conectados coletando e oferecendo informações sobre seus serviços. Em 2025 espera-se que no mundo 88 cidades possam se considerar inteligentes. Neste conceito está o modelo mais sustentável de desenvolvimento urbano criando a cidade como seus habitantes, com duplo objetivo; melhorar a qualidade de vida e impactar positivamente no meio ambiente. Nesta ideia deveremos alcançar cidades mais eficientes, sustentáveis ​​e habitáveis através da tecnologia ou Internet das Coisas (IoT).
Um desses exemplos é a cidade de Santander na Espanha com desenvolvimento de infra-estrutura urbana de IoT desde 2009. Dispositivos alocados pela cidade, fornecem informações em tempo real sobre vários serviços como água, resíduos, iluminação, mobilidade e etc. Os dados são enviados a Prefeitura e aos cidadãos via aplicativos móveis como o SmartSantanderRA. Na prática permite ao cidadão chegar ao ponto de ônibus na hora certa, ao estacionamento disponível no centro da cidade, tomar ciência das condições de tráfego buscando a rota menos congestionada, além de relatar danos urbanos que são enviados a Prefeitura e reparados em curto espaço de tempo. O resultado é a otimização de tempo, de recursos, acarretando  menor tráfego traduzindo em emissões de CO2 através da plataforma Santander Smart City.
Moral da Nota: Universidades espanholas criam laboratórios de blockchain para processos administrativos, desenvolvendo tecnologia de criptografia no campo da administração pública e privada. A Ripple, criptomoeda XRP, lançou em junho de 2018 iniciativa de promoção a pesquisas acadêmicas sobre tecnologia criptoativa com 17 universidades do mundo. Chama-se Universidade Blockchain Research Initiative (UBRI), operacional em 2019, focada na indústria de criptografia e tecnologia blockchain. Por fim, empresas em todo o mundo começam a aplicar tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) na logística e nas operações da cadeia de suprimentos, com projetos pilotos da IBM e da empresa de logística Maersk mapeando documentos de frete em blockchain. O porto de Hamburgo desenvolve projeto chamado HanseBlo, que garantirá a troca eletrônica segura de conhecimento de embarque via blockchain. Pedra que rola.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Micro redes

Em Palmeiras de Goiás no conjunto residencial de baixa renda Maria Perillo, se instala o maior projeto de energia solar de interesse social de Goiás. Os painéis solares permitem economia de quase todo o custo da "conta de luz" ou cerca de 45 reais/mês. A AGEHAB ou Agência Goiana de Habitação do governo de Goiás, desenvolve o maior dos quatro complexos residenciais com energia solar incorporado em programas habitacionais. A agência subsidia a instalação dos painéis por família pelo chamado "Check More Housing," suficiente para dois painéis e o equipamento necessário como inversores, cabos e etc. A desvalorização do real inviabilizou a importação de equipamentos, obrigando o realocamento de recursos para continuidade do projeto. 
Observa-se que a maioria das casas tem painéis mas poucas geram a própria energia. Após instalação, outras condições devem ser cumpridas para que a empresa de eletricidade, a italiana Enel, faça a conexão do sistema de cada casa à rede de distribuição. Naquelas que a geração de energia se concretizou a redução da tarifa elétrica foi de um quinto. No Centro-Oeste a radiação solar em uma área útil de 30 metros quadrados no telhado, produziria cinco vezes a eletricidade consumida por uma família de baixa renda, suficiente para 3,5 residências com consumo médio nacional ou 157 quilowatts/hora/mês.
Moral da Nota: A Aneel ou Agência Nacional de Energia Elétrica não permite que o consumidor venda a energia que gera, norma inexistente em países como a Alemanha por exemplo, que expandiram a geração de energia solar. Entre nós se estabelece por pressão das empresas de distribuição que entendem como perda de mercado, inclusive buscando um imposto sobre a geração solar distribuída (descentralizada), espécie de taxa para o uso de cabos, apesar da taxa de disponibilidade do sistema de distribuição. Entre nós, só o consumo pode ser compensado ou descontado na conta de eletricidade pela geração própria. O Residencial Maria Perillo por exemplo só acolhe a instalação de dois painéis ocupando um quinto do telhado, pois um módulo adicional excederia o consumo de famílias locais.
Em tempo: o impasse persiste pela inovação ainda não acompanhada pelo órgão regulador, que por várias questões mantém bloqueios. As micro redes no Brasil dependem da atualização do órgão regulador permitindo o estabelecimento de startups com blockchain para adquirir escala. A disseminação de micro redes, pode até não ser bem vista pelas distribuidoras, mas cria empregos, descentraliza, além de exigir menos investimento governamental em geração de energia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O indianos

O Jornal indiano Economic Times informa que o Ministro da Previdência Social avisou sobre a criação de uma Autoridade de Inovação no governo do estado de Karnataka, buscando proteger empresas de tecnologia amigáveis ao consumidor operando em áreas reguladas. Aí, trocas e comerciantes que aceitam criptografia. Tal decisão decorre de prisões ocorridas nos negócios criptoativos, que serão inseridos sob ação da Autoridade de Inovação como negócios tecnológicos não regulamentados. O Jornal explicou que a criptomoeda não é ilegal na Índia, apenas não têm curso legal no país. 
Por conta de detalhes evolutivos que acabam sendo de difícil compreensão, a empresa de pesquisa Diar informa que os stablecoins vivem aumento significativo  de adoção com base no crescente número de transações na cadeia. De acordo com a Diar quatro grandes stablecoins até agora, USDC, True USD (TUSD), Paxos (PAX) e o dólar da Gemini (GUSD), quebraram a marca de US 5 bilhões em três meses. A Diar observa que a Paxos registrou mais de US 1,8 bilhão na blockchain do Ethereum (ETH) durante os últimos três meses. A cifra é supostamente o dobro do número do USDC desenvolvido em conjunto pela Coinbase, maior exchange norte-americana de criptomoedas, e a Circlechain empresa de pagamentos em blockchain.
Moral da Nota: Desde o alvorecer do Bitcoin há dez anos, com força eventos tem nos surpreendido e talvez o maior deles a forte volatilidade. Em paralalelo, avança o Blockchain com soluções inovadoras e talvez alavancando uma verdadeira revolução digital sob o ponto de vista financeiro e administrativo. Parece que a Cadeia de blocos tem dado sinais da liberdade do Zcash em regimes de pouca transparência como a Venezuela, ainda sem penetração entre os mais necessitados, diverso do ocorrido nos campos de refugiados da ONU. Surpreende o avanço e aceitação pelos negociantes das stablecoins, dentre tantas, a atrelada ao ouro e talvez a menos política e mais independente, coisa que o futuro avisará. Fica faltando conscientizar que a tecnologia veio para ficar, até aqui pouco questionada, que certamente permitirá alavancar soluções ainda em compasso de espera. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Desenvolvimento social

A notícia da criação pelo BNDES de stablecoin atrelada ao real é promissora, talvez mais confortável se atrelada ao ouro pois em crises financeiras, não há relatos de depreciação do metal em relação ao euro e ao dólar. Talvez o carro chefe da economia virtual de mitigação e resiliência ambiental, sobre passivo de 500 anos sem escalabilidade na economia oficial e focado em alavancar serviços de resiliência e mitigação. 
Em linhas gerais como exempĺo, uma plataforma de Consórcio de Despoluição da Bacia Hidrográfica do TIETÊ, agregaria todas as cidades envolvidas identificando pontos de degragação do rio e serviços a serem executados. Tal qual o e-residência estoniano, startups financeiras, construtoras e etc, desevolveriam projetos e soluções selecionadas por licitações via ethereum, a Consensys desenvolve isto no México, tudo fiscalizado externamente, remunerado pela stablecoin pós fiscalização e recolhimento de impostos. Outras plataformas devem ser consideradas como usinas de reciclagem de resíduos sólidos, reflorestamento de áreas degradadas como lagos das represas etc. Vale ainda lembrar o espaço da pessoa física, via plataforma de reciclagem por pessoa física ou microempreendedor ou catadores individuais por exemplo, diretamente remunerados pela satblecoin pós recolhimento do MEI e INPS e sem intermediários.  
Moral da Nota: o primeiro passo foi dado na busca por futuro do que está estagnado e como o próprio nome indica 'desenvolvimento social'.
Em tempo: além de fazer bem ao ambiente quantos empregos isso criaria?

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Swift

A Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundial, Swift, anuncia sistema de serviço piloto de Iniciativa Global de Pagamentos ou GPI. Um serviço de pagamentos pré-validação integrado de rápida identificação, eliminação de erros e omissões nas mensagens de pagamento. A Swift, maior empresa para envio de remessas financeiras à outros países, conecta mais de 200 países, mais de 11 mil organizações bancárias de valores mobiliários, infraestruturas de mercado e clientes corporativos. Competirá com soluções blockchain e fintechs fornecidas pela Ripple, JP Morgan e Transferwise a preços mais baixos. O serviço buscará construir base integrada e interativa, melhorando eficiência de pagamentos disponibilizado aos 10.000 bancos da rede SWIFT.
O anúncio visa enfrentamento a tecnologia blockchain em concorrência a fintechs como Interban Information Network (IIN) do JP Morgan, contando com mais de 130 bancos, capacidade de resolução de erros e rápida conformidade, compartilhando informações em um livro-razão distribuído mútuo. O principal concorrente da Swift é a Ripple responsável pela criação do token XRP, anunciando lucro de mais de 100%, sinalizando que pode servir como alternativa de pagamento a países que não possuem cobertura da Swift devido à sanções e exclusões como o caso do Irã. No Q3 2018 XRP Markets Report a empresa revela venda de US$163,33 milhões em XRP no terceiro trimestre mais que o dobro dos US$73,53 milhões vendidos no trimestre anterior, sinal de maior aceitação do token no mercado. Em entrevista a Bloomberg o CEO da Ripple afirmou que pelo menos 100 bancos conectados à Swift assinaram contratos com a Ripple, demonstrando que a blockchain e criptomoedas podem desempenhar um papel vital no setor bancário.
Moral da Nota: os testes anunciados pela Swift podem liberar bilhões de dólares em fundos inativos nas contas dos bancos, criados para manter várias moedas caso necessárias à transações. A transferência de fundos para um livro público compartilhado, confirmará se essa prática será eliminada liberando o capital para outros empreendimentos. Os resultados serão validados por 22 bancos adicionais, entre eles o ABN Amro, Standard Chartered, Deutsche Bank e JPMorgan Chase.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Descentralização

Richard Lohwasser PhD em economia de energia e CEO da Lition, busca explicar porque o setor de energia atende as condições de descentralização. Fala da necessidade em contornar estrangulamentos corporativos na informação e democratizar a internet através da revolução blockchain, inspirando uma onda em torno do avanço tecnológico dos gigantes da tecnologia do Vale do Silício. A criptografia condena sistemas de dados centralizados e anuncia internet sem deuses ou mestres, enquanto startups Blockchain redefinem de baixo para cima indústrias estabelecidas. Explica que a descentralização só vale quando há uma rede de participantes para descentralizar. Um provedor de serviços ou uma base de usuários passiva podem tornar o sistema ineficiente, ao passo que redes intermediárias que não agregam valor ou segurança são adequadas à descentralização incentivando a participação do usuário. 
Nos esclarece que históricamente a energia é fornecida por corporações, com capital construindo infraestrutura geradora. Usinas a carvão e gás eram a única energia disponível, sendo neste ambiente a descentralização desnecessária e ilógica. No entanto, os tempos mudaram e o moderno mercado de energia está preparado para descentralização. Daí, a Rede Descentralizada para um Ecossistema Descentralizado. A produção de energia se diversificou, vizinhos instalam painéis solares nas casas, usinas de biocombustível locais e próximas, parques eólicos se afastando da costa; a energia está mais verde e renovável vislumbrando o futuro.
Moral da Nota; conclui dizendo que grandes empresas de serviços públicos atreladas a energia suja, mantêm monopólios retendo todo o ecossistema. A barreira entre produtores e consumidores aumenta custos sufocando o crescimento das renováveis. Descentralizar permitiria a produtores e consumidores contornar intermediários, comprando e vendendo diretamente, mitigando problemas atuais. O comércio peer-to-peer aumentaria lucros dos produtores em 30% e economizaria 20% dos consumidores em contas de energia. A descentralização é imperativa à economia e ao ambiente.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Yellow river

O rio Amarelo é o sexto rio mais longo do planeta com 5464 kms, ostentando o título em ser um dos mais poluídos, que nos últimos 20 anos "secou" várias vezes. Dois terços de seu fluxo são inutilizados ao consumo e grande parte da bacia é afetada por contaminação de águas subterrâneas e superficiais. A China é parceira da comunidade científica européia hospedada pelo programa PI-RURAL de segurança alimentar e água, incluído no Plattform Chine-Europe Water Plattform (CEWP), criado em 2012, que levou uma equipe da Universidade de Córdoba à região da Mongólia Interior.
A equipe da Universidade de Córdoba, WEARE, "Água, Economia Ambiental e Agrícola de Recursos Econômicos, busca compreender políticas de gestão da água que levaram o Rio Amarelo à situação atual em importante área agrícola chinesa. O grupo liderado pelo Instituto Geológico Real da Dinamarca, Universidade de Aarhus e técnicos da bacia do Rio Amarelo do Ministério de Recursos Hídricos da China, deu partida a obras que serão concluídas em 2021 e com orçamento próximo de um milhão de euros. Europeus, chineses, mais de 50 pesquisadores, técnicos e gerentes administrativos visitam as diferentes áreas de estudo. A Universidade de Córdoba coleta dados nos campos de trigo, milho e girassol, área irrigável de 600 mil hectares, modernizada para alocar Economias de água para uso industrial e urbano conhecido como 'transferência de direitos.' A equipe da WEARE transferirá sua experiência de economia da água à China, partícipe da concepção de planos hidrológicos de rios como o Guadalquivir, Douro e Tejo. 
Moral da Nota: o grau de contaminação das bacias fluviais no mundo inteiro, compromete a segurança hídrica das futuras gerações. Entre nós, sua recuperação decerto criará empregos na base municipalista perdidos na ponta tecnológica. Será uma condição muito dífícil a recuperação em escala na velha política do orçamento centralizado, clientelista, ou mesmo via emendas parlamentares. Urge aproveitar a janela de oportunidade tecnológica criando consórcios de recuperação das bacias fluviais, em que municípios banhados pelo rios em questão identificam os pontos de contaminação residencial e industrial propondo as soluções em questão. Certamente não ficariam fora órgãos técnicos e universidades, ao lado da nova economia digital parceira da tecnologia blockchain e da moeda virtual estável alavancando a questão, criando empregos, inovando e nos colocando no radar da quarta revolução industrial. 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Ursa

A Hyperledger lança ferramenta para desenvolvedores consistindo em uma biblioteca criptográfica modular compartilhada chamada Ursa. Segundo a Fundação Linux será repositório de implementações criptográficas “confiáveis,” facilitando desenvolvedores de blockchain em sua comunidade e com espaço amplificado de código aberto evitando a duplicação nos desenvolvimentos.
A hyperledger informa que a biblioteca é de manutenção mais simples, reduzindo erros, com a maioria ou todo o código de criptografia mantido com segurança em um único local. A Ursa atualmente apresenta dois módulos, um para algorítimos criptográficos básicos, padronizado e modular, e outro denominado zmix relacionado a assinaturas "inteligentes." 
Moral da Nota: a Ursa se disponibiliza como projeto oficial considerada "amadurecida," buscando combinar especialistas em segurança e de criptografia da comunidade Hyperledger, associando Modularização e API, permitindo as Plataformas Blockchain variedade de algorítimos criptográficos sem necessidade de compreensão ou interação com a matemática subjacente. 
Em tempo: ledjer consiste num livro cujas transações são postadas na forma de débitos e créditos, ao passo que Hyperledjer suporta desenvolvimento de ledgers distribuídos baseados em blockchain. O projeto Hyperledjer incorpora mais 12 membros entre eles Alibaba Cloud, Deutsche Telekom e Citi.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Desenvolvimento

Em nova tendência financeira de incorporar produtos e serviços criptografados, a britânica Revolut anuncia cartão de débito que permite compras e reembolsos em criptocorrência ou dinheiro fiduciário. O sistema Revolut utiliza na Europa aplicação móvel que facilita compras com 25 moedas, sem comissões, com limite de 200 euros/mês. A startup londrina negocia com criptoatividades desde 2017, comercializou e economizou recursos em BTC, ETH e LTC. Pelo recurso "Crypto Beta" clientes sem dinheiro fiduciário, usariam nas transações o cartão de débito da empresa em fundos de moedas criptografadas.
Com restituição de 0,1% na Europa e 1% fora do continente em pagamentos de criptoativos como Bitcoin (BTC), Bitcoin Cash (BCH), XRP, Ethereum (ETH) e Litecoin (LTC), além de 25 moedas fiduciárias compatíveis com a plataforma. A ideia é dar oportunidade de fazer compras e receber lucro em troca, além de fornecer o acesso a criptomoedas para o maior número de pessoas.
Moral da Nota: com as inovações do ecossistema criptográfico, empresas cada vez mais buscam aproveitar o interesse nos pagamentos digitais, oferecendo cartões de débito com criptocorrências para compras no varejo e recarregados com BTC, podendo ser pagos instantaneamente em euros ou dólares. Nessa ideia, a financeira CLS Group e a IBM anunciaram lançamento para processos financeiros de um mercado de aplicativos e serviços blockchain.
Mais ainda, de Nova York a Tóquio, Universidades lideram infinidades de cursos com temas crípticos. A Universidade de Columbia e a IBM lançam programas de aceleração aos desenvolvedores de blockchain. O Columbia Blockchain Launch Accelerator é para empresas pré-semente focado em redes empresariais corporativas. Apoiarão 10 startups por oito semanas dando a cada empresa acesso a tecnologia e serviços avaliados em U$ 400 mil.  

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O paradoxo do carvão

Pesquisa do Fórum Econômico Mundial avisa que em 2017, energias renováveis ​​não subsidiadas são em 30 países a fonte de eletricidade mais barata. Prevê-se que as renováveis ​​em termos de custo sejam mais eficientes que os combustíveis fósseis, por conta de em 2017 a capacidade solar global crescer mais rápido que todos os fósseis combinados. Energia solar e eólica provam estar entre as fontes mais baratas disponíveis cujos preços estão em rápida queda. Decorrente a isto, as principais empresas de energia dos EUA duplicam a busca por renováveis, incluindo nessa, as petroleiras. Paradoxalmente os EUA promovem a energia fóssil na COP24.
De acordo com a IRENA, o emprego global na energia renovável ultrapassou 10 milhões pessoas em 2017, ou 5% a mais se comparado a 2016. Nos EUA, 786 mil pessoas foram empregadas no setor renovável em 2017 ou 1% a mais que 2016. Uma das maiores defensoras da energia fóssil, a Exxon Mobil Corporation, grande compradora corporativa adota os benefícios das renováveis para apoiar operações no Texas. Assinou um acordo de 12 anos com a Orsted A/S da Dinamarca para fornecimento de 500 MW de energia solar e eólica a partir de 2020. Comprará 250 MW de energia solar e 250 MW de energia eólica de fazendas em Permian, considerado o maior contrato de energia renovável assinado pela empresa, cuja eletricidade seria suficiente para abastecer 400 mil casas médias dos EUA.
Moral da Nota: relatório da Lazard informa que usinas solares em escala de utilidade pública, via micro-redes capazes de fornecer energia diretamente à rede elétrica, registraram desde 2009 queda de 86% no preço custando atualmente US 50 dólares o megawatt/hora, enquanto a energia do carvão custa US 102 dólares para a mesma quantidade de eletricidade. Já na Europa a Enel e a Orsted, empresas de energia em transição de combustíveis fósseis à renovável, prometem facilitar o diálogo social com trabalhadores e sindicatos visando atender padrões básicos de trabalho.
Em tempo: Caso houvesse entre nós a viabilização de projetos de micro-redes com painéis solares residenciais em comunidades ricas ou pobres urbanas ou rurais, ao adquirir escala, nunca mais ligaríamos nossas térmicas sejam elas no norte, nordeste ou sul.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O Ethereum

Lançado em 2015, o Ethereum foi concebido como blockchain para aplicativos, sendo que sua criptomoeda é top pela capitalização no mercado de criptografia. A Fundação Ethereum busca tornar-se "o computador do mundo" e desde sua criação foram processadas mais de 240 milhões transações, lançados 1.552 aplicativos descentralizados na rede e mais de 35 milhões de endereços de portfólio. No entanto desafios são numerosos, desde a necessidade de processar um maior número de transações/segundo evitando congestionamento da rede, neste momento, entre 7 e 15 transações/segundo enquanto a Visa processa até 24.000 transações/segundo. O Ethereum não é competitivo o suficiente para combinar a plataforma em número de usuários.
A Escalabilidade da rede é a adaptação desejável a grande número de usuários visando lidar com crescimento de modo que seus atributos não sejam afetados. Nesta ideia desevolvem projetos como o Sharding, Plasma, Casper e Raiden, através da comunicação entre cadeias secundárias e principal. O plasma é a solução técnica à escalabilidade, criando uma segunda camada para melhorar os contratos inteligentes na rede. O Sharding, mais complexo que o Plasma, fornece mais escalabilidade resolvendo o congestionamento, modificando a segmentação e dividindo a validação entre diferentes grupos de nós, processando novos blocos entre cada 2 e 8 segundos.
Moral da Nota: Nick Johnson, desenvolvedor da Ethereum Foundation, disse que o Plasma é a solução mais viável de escalabilidade, podendo ajudar apoiar um "Banco Central" da moeda digital ERC20, o que facilitaria a taxa de processamento de criptomoedas nacionais como das Ilhas Marshall, Venezuela, Irã e mesmo da Índia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Azerbaijão

Residência eletrônica é o status que a Estônia oferece a não cidadãos ou residentes no país, dando acesso a serviços eletrônicos ou benefícios de possuir identidade digital estoniana ou assinatura digital de documentos. Materializados via cartões de identidade digital usados ​​no acesso a serviços governamentais ou privados, que impressionaram Obama quando lá esteve. O cartão de identidade digital estoniano de Obama foi precursor de como a e-Residency faria mais conexões no mundo. O uso generalizado de assinaturas digitais salva o país de pilhas de papel, desde há quatro anos quando lançou a e-Residency com quase 13.300 pessoas, atingindo 50 mil pessoas de 157 países estabelecendo 6.000 novas empresas através do programa sendo metade desse crescimento em 2018. Além da receita tributária os que não devem impostos geram negócios à outras empresas do país. As estabelecidas pelos e-residentes pagaram 10 milhões de euros em impostos diretos sendo dois terços pagos em 2018. A Estônia, país com população de quase 1,3 milhão de habitantes, não é mais o único a oferecer residência eletrônica, agora se faz acompanhada pelo Azerbaijão cujos programas eletrônicos e móveis, e-Residency e m-Residency, foram lançados em Baku com a presença de delegação da UE, de certa forma derrubando fronteiras com quem os apoiou com projetos de assistência técnica. 
O parlamento da Estônia aprovou a eliminação da exigência de banco estoniano no registro capital social, ampliando a escolha bancária comercial para todas as empresas do país, permitindo conduzir atividades comerciais por meio de qualquer instituição de crédito ou pagamento em toda área econômica Européia. E-residentes abrirão contas bancárias satisfizendo exigências dos bancos através do proprietário de empresa com conexões nacionais, ou administrando uma única empresa acionista com renda rastreável, removendo a barreira de abertura de conta bancária apenas para registrar o capital social.
Moral da Nota: Somos de fato um país, guardando as devidas diferenças, de extensão em paralelo a UE ao passo que a Estônia, guardando as devidas nuances, talvez em paralelo a um de nossos menores estados. Temos serviços estagnados e sem escala em nossa economia oficial, podendo se inserir em programa semelhante ao estoniano, agora com o Azerbaijão. Certamente tem algo a nos dizer, temos algo a ouvir em termos de tecnologia desenvolvida, temos base para avançar, talvez nos falte entender melhor objetivos e desenvolver o nosso programa digital. O tempo geme. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

América Latina

A ConsenSys desenvolve negócios para o México, Colômbia e Caribe via projetos institucionais como a Rede Blockchain México e a cadeia LAC do BID. A Cadeia LAC é uma plataforma promovida pelo BID que promove um ecossistema de encontro e diálogo entre os diferentes projetos blockchain da América Latina e Caribe. A Consensys considera que há perda de oportunidades em termos de investimento oficial na tecnologia blockchain a longo prazo na América Latina, pela diferença de velocidade com outras partes do mundo apesar de crescimento impulsionado pela comunidade de criptografia. Avisa que é desafio desenvolver soluções reais e inovadoras na DLT após quase dez anos do lançamento do Bitcoin. Identifica no ecossistema a existência de muitos, até excedentes, tokens e criptomoedas com variações insignificantes de código, evidenciando necessidade de pesquisas no desenvolvimento de novas soluções. A falta de desenvolvedores em programação específica de plataformas como Ethereum nas regiões com escasso investimento retarda a inovação.
No caso mexicano o investimento e pesquisa em DLT na esfera pública se faz a partir de 2017 através do Blockchain Nacional do México, pela Estratégia Digital Nacional dependente da Presidência da República e da Unidade de Governo Digital (UGD) da Secretaria da Função Pública. A primeira atividade foi no Hackathon Blockchain HackMX, iniciativa tida como "líder regional" embora "ainda falta muito," contudo "um bom ponto de partida". Um dos primeiros testes em DLT pela National Digital Strategy seria com licitações públicas para combater corrupção, oferecendo segurança e confiança ao processo, aguardando execução por problemas de talento ou falta de desenvolvedores. Em agosto passado o governo mexicano abriu consulta pública para governança de sua rede, um esboço da Rede Blockchain México, baseada em um Conselho Executivo composto por representante comercial e técnico de cada setor participante como organizações públicas, empresariais, acadêmicas e sociedade civil.
Moral da Nota: em relação ao atual momento do sistema criptográfico a Consensys avalia promessas não cumpridas e exageros, sendo necessário reavaliações para avançar com mais firmeza. Previsões não cumpridas como a de todos receberem salário em bitcoin ou tudo comprado com bitcoin, não acontecerão no curto prazo. Conversas e discussões sobre  desafios certamente são um começo até os primeiros resultados práticos.

domingo, 9 de dezembro de 2018

Situações de risco

A construção civil é o setor com probabilidade cinco vezes maior de acidente de trabalho do que qualquer outro. Buscando prever a probabilidade de acidentes e visando intervenção, surge o cientista de dados da construção civil utilizando a inteligência artificial (IA). Empresas começam aplicar algorítimos e ciência de dados na prevenção de situações de risco no intuito de minimizar índices de acidentes de trabalho e aumentar a baixa produtividade.
Neste contexto a empresa de construção Suffolk de Boston desenvolve algoritmo que analisa fotos de locais de trabalho e pretensos riscos a segurança, buscando infrações com equipamentos de proteção correlacionando com acidentes e permitindo elaborar uma "classificação de risco" dos projetos. Desenvolve outro algoritmo que analisa fontes de informação, incluindo 10 anos de seus arquivos prevendo possíveis atrasos nos projetos. Sobre uma base de dados de mais de 700 mil imagens de 360 ​​projetos nos últimos 10 anos, criou algoritmos preditivos de riscos de construção, de reconhecimento de imagem para identificação de uso de capacetes, luvas, coletes de segurança e óculos, além de detectar escadas e andaimes prevendo quedas no ambiente de trabalho. Na busca por eficiência, sensores de dados da internet das coisas (IoT) rastreiam a localização de caminhões fornecedores de cimento para que os trabalhadores estejam preparados à chegada dos veículos. 
Moral da Nota: relatório de 2017 da McKinsey avisa que empresas de construção aumentariam a produtividade em até 50% por meio da análise de dados em tempo real. Cerca de 20 empresas americanas de construção desenvolveram nos últimos anos iniciativas na ciência de dados e algumas na Europa começaram a digitalizar. Espera-se que dispositivos portáteis de reconhecimento de áreas perigosas ou registro de trabalhadores aumente a produtividade em 14% a 20%.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Passado, presente e futuro

O Mar Morto a 400 metros abaixo do nível do mar, de forte simbolismo à cristãos, judeus e muçulmanos, recebe água de fontes naturais externas como o rio Jordão considerado local do batismo de Jesus Cristo. A perda do volume de água alterou a paisagem no entorno e o surgimento de crateras, a primeira registrada em fins dos anos 80 e atualmente com mais de 6000, engoliram terra, estradas e casas. Já o desvio de água ao abastecimento das populações a partir da década de 1960, influenciou no volume do Jordão estimando-se que o fluxo tenha minguado mais de 90% em paralelo a queda do regime de chuvas.
A causa destes eventos é ação humana empreendida entre Israel e Jordânia na região do Mar Morto, com previsões pessimistas de seu completo desaparecimento até 2050. Localizado em área de terra salina infértil quando dissolvida pela água doce, colapsa tornando-se instável, provocando o fechamento de duas praias e um resort em Israel além da interrupção de partes da rodovia 90. A extração mineral floresce como indústria poderosa nos dois lados da fronteira, paralela a imensa quantidade de água retirada e colocada em piscinas de evaporação deixando à mostra minerais de grande interesse comercial. 
Moral da Nota: o projeto Mar Vermelho/Mar Morto encaminharia questões como escassez de água doce, estabilização dos níveis do Mar Morto e quem sabe influenciar nas relações entre Israel, Jordânia e Palestinos. Um sistema de dessalinização na Jordânia começará sua construção em 2021 devendo finalizar em 2024, transformando em água potável parte da água do Mar Vermelho e bombeando ao Mar Morto o restante da água salgada, tudo estimado em 1,5 bilhão de dólares. Óbviamente que nada é certo considerando a intensa evaporação acelerada por mudanças climáticas extremas, cujas previsões apontam na direção da elevação da temperatura entre 5º C e 11º C até o fim do século  e redução pluviométrica em 30%.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Microplásticos

Os plásticos se desenvolveram a partir de 1940. Sua introdução foi considerada uma revolução, reduzindo custos, facilitando transporte, telecomunicações e sob condições adversas na obtenção de colheitas. Entende-se como microplástico ao fragmento de material plástico cujo diâmetro não exceda 5 mm. Estima-se que 80% do microplástico oceânico seja originário de ecossistemas terrestres, oriundos de solos agrícolas, atividades industriais, construção, transporte e aterros sanitários. Calcula-se que entre 110 mil e 730 mil toneladas de microplásticos são transferidos aos solos por ano na Europa e América do Norte, com a quantidade que chega ao solo 4 a 23 vezes maior que a chega ao oceano, estando nas embalagens e transporte 40% do volume utilizado no mundo.
Os primeiros registros do impacto dos microplásticos nos ecossistemas marinhos datam da década de 1970. Sua descoberta em embalagens de sal e latas de sardinha e até mesmo no intestino e fezes humanas foi anunciada. A partir de 2013 sua presença nos ecossistemas aquáticos continentais é indicada. Seu efeito sobre os solos e ecossistemas terrestres foi ignorado com algumas menções em 2005. Em 2012, Matthias Rillig da Universidade Livre de Berlim alertou em estudo sobre a questão. 
Moral da Nota: a lenta degradação, 400 anos, dificuldades na reciclagem e reutilização, ao contrário do aço e vidro reciclados indefinidamente, o plástico perde gradativamente suas propriedades. Consequente a obtenção de material de qualidade inferior necessita ser misturado ao plástico virgem. Além do que a grande maioria dos plásticos termina em aterros sanitários ou incinerados, sendo o setor agrícola o grande consumidor. Sua permanência no solo ou em aterros gerando grande quantidade de detritos é chamada pelos chineses de "poluição branca."

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

De roupas a celulares

Nanotecnologia entende e controla a matéria em nanoescala ou escala atômica e molecular. Constrói estruturas e materiais a partir dos átomos dentro do quesito estabilidade e qualidade por conta do comportamento em nanoescala ser diferente. Seu estudo foca no comportamento de materiais em escala microscópica, em especial nanoestrutura de carbono, chegando a novos usos e propriedades dos materiais. A nanotecnologia e o grafeno permitem realidades nas áreas de energia, medicina, resistência de materiais e tratamento da água por conta da descoberta de novas propriedades. 
O Carbono têm ocupado lugar de destaque na sociedade pós moderna, com aplicações em pequena escala através de estruturas unidirecionais como os nanotubos ou o grafeno de estrutura bidirecional. O carro chefe das fusões nanotecnológicas chama-se grafeno, último elemento cujos efeitos das nano partículas vieram à tona formando com outros elementos químicos parte de estruturas complexas. Sua produção em monocamada está afeta a centros de pesquisa e as de estruturas mais espessas empregadas na indústria. Muita esperança nele se deposita por se tratar de elemento leve com melhor condutividade que o cobre e mais resistente que o aço.
Moral da Nota: a nanotecnologia se faz presente em vários produtos desde roupas esportivas a telefones celulares e televisores de LED. No caso da medicina o grafeno e a nanotecnologia se inserem no tratamento de câncer através de nanotubos e na indústria através de nanoestruturas de carbono e nanocelulose. A grande esperança do grafeno está nas propriedades que permitirão seu uso na purificação ou dessalinização de água. Quando o processo de dessalinização da água estiver maduro e escalável, criará uma indústria mais forte que a do petróleo e gás, pois quase toda a água necessita ser dessalinizada e certamente teremos as mega-corporações como as co-irmãs só que de água potável. Quem sobrviver verá. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Banco do Japão

O New York Times informa que o vice-governador do Banco do Japão (BOJ) opinou que moeda digital emitida por Banco Central (CBDC) não é ferramenta econômica eficaz. Reiterou posição negativa anterior em relação as CBDCs. Expressou dúvidas sobre seu uso, alegando que não devem melhorar os sistemas monetários. Cobrar juros sobre as moedas emitidas por Bancos Centrais só funcionaria caso eliminasse o dinheiro fiduciário do sistema financeiro, o contrário, haveria opção majoritária por converter moedas digitais em dinheiro evitando juros.
Em abril forneceu declaração similar sobre CBDCs, alegando que criptomoeda emitida pelo Estado teria impacto negativo no sistema financeiro e afirmando que o Banco Central do Japão (BOJ) estava de olho em fintechs emergentes com cripto. O Comitê de política tributária do Japão discutiu facilitar o processo de declaração de impostos de criptomoeda, ao lado de reclamações pelo alívio do complexo regime de declaração fiscal do país.
Moral da nota: parece redundante criar moeda digital nos moldes da moeda fiduciária em economia inteiramente digital. Certamente a moeda digital terá efeito na economia digital através da escalabilidade de serviços estagnados na economia oficial gerida pela moeda fiduciária. Entre eles estão as usinas de reciclagem de resíduos sólidos, logística reversa, reflorestamento ou consócios de despoluição de bacias hidrográficas e etc. Pagamentos e financiamentos em moeda digital no ecossistema digital próprio relacionado aos serviços acima, não concorre com a moeda fiduciária mas agrega valor a economia por ela regida. A restrição dos serviços ambientais ou estagnados ao ecossistema digital ambiental cria economia paralela, descentralizada, alavancando empregos que se perdem por conta da mesma revolução digital. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Semáforos inteligentes

Londres vai implementar semáforos inteligentes que mudam de acordo com a demanda de tráfico. Além da Inteligência Artificial, os semáforos serão equipados com câmeras e algoritmos que detectam o fluxo de veículos e pedestres. Por exemplo, se um grupo de pedestres quer atravessar uma rua, ele transformará os semáforos dos carros em vermelho e o dos pedestres em verde, estando vermelho o tempo necessário e a espera reduzida, mudando conforme a demanda no momento, o que deverá acelerar o fluxo. 
O projeto é apoiado 'Pedestrian Scoot', priorizando transporte coletivo ou serviços de emergência, permitindo um serviço público mais eficiente. Desde 2014, 1200 interseções foram avaliadas identificando problemas e como acelerar o tráfego resultando nos semáforos inteligentes. Haverá dois tipos de sistema, o de otimização de compensação de ciclo dividido que analisa os grupos de pedestres e calcula o tempo para atravessar a rua minimizando a espera. O outro chamado de 'autoridade do homem verde', prioriza os pedestres em que os semáforos das pessoas estarão sempre verdes até que um carro seja detectado. 
Moral da Nota: a medida que popularizar e adquirir escala inserções tecnológicas no dia a dia, certamente menos gases estufa na atmosfera acontecerão, o contrário, agravará a crise climática vivenciada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Katowice

Em andamento a 24ª Conferência do Clima da ONU ou COP24, na região polonesa de mineração de carvão em Katowice. Relatório do IPCC destaca a diferença "líquida" no impacto global das ondas de calor e do aumento do nível do mar. Além do alerta que os compromissos assumidos no acordo de Paris e as decisões tomadas até aqui, levariam ao aumento de 3ºC, longe de 1,5ºC caso as emissões de CO2 fossem reduzidas em quase 50% até 2030 comparada a 2010. Os trabalhos científicos da ONU sobre mudanças climáticas são dirigidos pela ONU Meio Ambiente e OMM ou Organização Meteorológica Mundial, que estabeleceram em 1988 o IPCC ou Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, através da análise de dados e fornecimento de evidências científicas confiáveis às negociações sobre mudanças climáticas. 
Não é demais lembrar que foram livrementes acordados entre os 197 países limitar o aumento da temperatura média global à menos de 2°C, se esforçando em limitar este aumento de temperatura em 1,5°C. Intensificar o financiamento das ações climáticas na meta de 100 bilhões de dólares/ano de países doadores à países de menor renda. Desenvolver até 2020 planos climáticos nacionais com metas e objetivos autodeterminados. Proteger ecossistemas benéficos, incluindo florestas, absorventes de gases causadores do efeito estufa. Fortalecimento da resiliência e redução à vulnerabilidade climática e concluir programa de trabalho implementando o acordo em 2018.
Concretamente foram adotadas ações climáticas de impacto positivo real podendo ajudar a impedir o pior: 57 países diminuiram suas emissões de gases efeito estufa à níveis exigidos na contenção do aquecimento global. 51 iniciativas de “precificação do carbono” cobrando dos que emitem CO2 por tonelada emitida. 18 países de alta renda em 2015, comprometeram doar 100 bilhões de dólares/ano para ações climáticas em países em desenvolvimento; mobilizados até agora 70 bilhões de dólares. O documento de Paris entrou em vigor em novembro de 2016 ratificado pelas 184 partes.  
Moral da Nota: a ONU chamou para setembro de 2019 a Cúpula sobre o Clima se concentrando em transição à energia renovável, financiamento de ações climáticas e precificação de carbono, redução de emissões industriais, uso da natureza como solução, cidades sustentáveis e ações locais, por fim, resiliência.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Descarbonização

A ONG T&E ou Federação Europeia de Transportes e Ambiente representando 58 entidades de 26 países, apresentou o estudo “Roteiro para descarbonização dos veículos ligeiros na Europa,” afirmando que para a Europa descarbonizar o setor dos transportes até 2050 e atingir as metas do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases efeito de estufa, deve acabar com as vendas de veículos novos a gasolina e óleo diesel no início da década de 2030. Poderá alcançar emissões zero através da transição à veículos elétricos e hidrogênio, cuja solução não passa por medidas de redução da procura de veículos convencionais que só reduziriam em 28% as emissões de gases até 2050.
Para atingir as metas de redução de emissões em 2030, necessita que um terço dos  veículos novos vendidos fossem híbridos ou semi-elétricos. Salienta ainda que na descarbonização de longo prazo ou 2050, "a UE deve estabelecer o modo como reduzirá as emissões dos transportes," esta, a maior fonte de emissões de gases  estufa ou 27% do total de emissões, sendo que veículos ligeiros representam 44% desse total. O detalhe é que se trata do único setor, transportes, cujas emissões cresceram desde 1990.
Moral da Nota: O estudo avalia ser "quase impossível" produzir combustíveis líquidos de baixo teor de carbono, suficiente e rentável ao abastecimento de todos os veículos circulantes. Além do que, biocombustíveis, combustíveis sintéticos ou biometano, não são solução exigindo "enormes quantidades" de eletricidade. Neste quadro, propõe como solução aumentar taxas rodoviárias e impostos sobre combustíveis, partilha de veículos incentivando o uso de transportes públicos, reduzindo o trânsito e tornando as cidades mais habitáveis.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Energy trading platform

Tradicionalmente compra e venda de commodities se faz em papel, notas de crédito ou faturas preenchidas manualmente e enviadas às partes por e-mail ou fax. O Financial Times informa que o comércio de petróleo e gás em papel está sob revisão pelo blockchain, através de consórcio da indústria de energia e bancos incluindo a ING, BP, Royal Dutch Shell, Gunvor, Koch Supply and Trading, Mercuria, ABN Amro e Societe Generale. Baseada no blockchain do Quorum da JP Morgan, a plataforma de gerenciamento pós-negociação VAKT é a primeira de negociação blockchain da indústria de petróleo e gás. 
O VAKT, consórcio e plataforma, tornará a negociação das commodities mais rápida, barata e segura, substituindo o papel por contratos inteligentes, automatizando as partes, reduzindo custos e tornando o processo pós-negociação mais eficiente. Construído pela Vakt Global, o consórcio criado por empresas líderes já está operacional, fornecendo eficiências no comércio de matérias-primas de energia. Estão na plataforma VAKT os cinco investidores no mercado BFOET incluindo os campos de petróleo do mar do Norte ou, Brent, Forties, Troll, Ekfisk e Oseberg.
Moral da Nota: O objetivo da VAKT é migração de todos os formatos de dados das transações de energia ao Blockchain, reforçando segurança e velocidade dos assentamentos industriais, melhorando qualidade e lógicamente reduzindo custos dos partícipes.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Fazendas inteligentes

Inserido nos preparativos à quarta revolução industrial e penetração no mercado latino-americano, o governo da Coréia do Sul envia delegação ao Equador e Uruguai para cooperação no setor agrícola inteligente. Formada por funcionários da Agência de Desenvolvimento Rural e Instituto Sul-Coreano para Planejamento e Avaliação de Tecnologia em Alimentos, Agricultura e Suinocultura, ao lado de funcionários de cinco empresas privadas do setor de fazendas inteligentes, buscará promover agenda colaborativa de crescimento inovador. 
O Ministério da Agricultura sul coreano desenvolve um plano exportador aos paises latino-americanos, visando estabelecer um sistema de cooperação bilateral em tecnologias agrícolas à fazendas inteligentes. Em questão, no Equador, maior produtor de bananas do mundo, mais de um terço do país é terra agricultável óbviamente com interesses no desenvolvimento de fazendas inteligentes. Já o Uruguai é o país com 93% do território formado por pastagens e gado de qualidade. 
Moral da Nota: a Coréia do Sul pela alta qualidade educacional, tem sido um dos países que depositam grande esforço na tecnologia da contabilidade distribuída, buscando desenvolvimentos e soluções na otimização de mercadorias em portos como o de Roterdã e no rastreamento da cadeia de suprimento, gado, frango ou suíno. Certamente terá muito a dizer ao Equador em relação ao rastreamento da produção de bananas e ao Uruguai no rastreamento de seu gado. Nosso agronegócio diante o dilema em não perder competividade e mercado, talvez devesse rastrear seu gado, grande produtor de gases efeito estufa, cuja população suspeita-se ser o dobro da população brasileira. Talvez razoável despriorizar benécies oficiais, formação grátis de pastagens na Amazônia ou investimentos de offshores. Ficaria a sugestão na agricultura familiar, num quadro em que mega corporações de carne e monoculturas de soja parecem num ponto de inflexão clamando por tecnologia para avançar. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Questão geral

O BID ou Banco Interamericano de Desenvolvimento, fundado em 1959, consiste numa das principais fontes de financiamento ao desenvolvimento econômico, social e institucional latino-americano e caribenho. Realiza projetos, assessoria política, pesquisa, assistência técnica e treinamento regional.
Publicou um estudo radiografando os sistemas previdenciários dos 27 países e segundo a Instituição baseada em indicadores das 34 previdências estudadas, os sistemas públicos de distribuição do Brasil, Honduras e Equador são desenhados à generosidade com trabalhadores que contribuem ao longo da vida profissional em prejuízo dos que contribuem abaixo do mínimo. Daí concluírem que tais sistemas não são preparados ao cenário de envelhecimento rápido populacional enfrentado pela região, esperando em 2050 que uma em cada cinco pessoas tenha mais de 65 anos. 
Segundo a Instituição, sistema de pensão é elemento central do estado de bem-estar social. Portanto, contrato social cujo principal objetivo é permitir consumo digno aos idosos quando a geração de renda é mais difícil. Novamente o BID fala que tal contrato social possui magnitude extraordinária ao bem estar do cidadão no último estágio da vida. Sob a ótica da sociedade, a previdência redistribui recursos entre indivíduos e gerações, cujos gastos afetam diretamente a estabilidade fiscal e macroeconômica dos países, daí alcançar visibilidade a sustentabilidade financeira em alguns destes países e adequação em outros. Vale ainda segundo o BID, informar que em tais sistemas o Estado subsidia 44% da pensão média recebida pelos que contribuem ao longo de sua vida profissional. Por sua vez, sistemas de capitalização individual, segundo a Instituição, presentes no Chile, Colômbia, México e Peru oferecem taxa de reposição de 40% ou o valor a receber representando menos da metade do último salário do trabalhador.
Moral da Nota: O relatório apresenta novas evidências regionais, pede revisão das desigualdades nos sistemas previdenciários, concluindo que pelos parâmetros atuais não há garantia de sustentabilidade fiscal ou social na região.  

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Biossólido

Lodo de esgoto é um resíduo rico em matéria orgânica gerado no tratamento das águas residuais em Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs). Já biossólido é o nome dado ao lodo de esgoto, tratado ou processado, permitindo reciclagem racional e segura. O Lodo de esgoto é composto por matéria orgânica fecal, grande quantidade metais pesados, bactérias muitas delas desconhecidas, medicamentos como opiácios, anti-hipertensivos, hormõnios e etc. O caso mais recente são os microplásticos dispersos cujas técnicas de purificação retêm apenas 10% do volume total. Daí o fato de águas residuais concentrarem o têxtil através do nylon, poliéster e elastano oriundos de lavagem automática de roupas aumentando a possibilidade de microfibras atingirem ambiente e solos. Tais elementos persistentes no esgoto impactam de forma negativa no ambiente agrícola, sendo utilizados através de amparo legal específico sem que haja nenhum no país.
É real entre nós que as cidades não tem infra-estrutura e serviços adequados, despejando esgoto 'in natura' nas bacias hídricas como a do Tietê. Incentivos ao saneamento básico e instalação de ETEs para águas residuais coletadas e tratadas com posterior devolução aos mananciais foram discutidos na Rio+10 em Joanesburgo, estabelecendo metas no tratamento de esgoto sanitário e conservação ambiental. Vale dizer que a instalação de ETEs gera um problema ambiental ou o lodo de esgoto produzido no tratamento.
Moral da Nota: a questão no Brasil de águas residuais residenciais e estações de tratamento de esgoto, constitui serviço não prioritário e só logrará escala em ecossistema de economia virtual ambiental, inserido via licitação em DLT como já feito no México, devidamente transparente, fiscalizado externamente na própria plataforma e remunerado por moeda virtual não fiduciária. Até a conscientização da economia virtual de serviços ambientais que não possuem escalabilidade na economia oficial, pesquisas indicam que a ozonização das águas residuais acelera a decomposição da matéria orgânica melhorando sua qualidade. Certamente em edifícios e residências minimizará as valas negras e o lançamento de esgoto  'in natura' nos rios.   

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Buscando solução

A diretora de operações da Fundação venezuelana 'Civil Media' explicou na Conferência Blockchain Summit Latam na Colômbia a situação da economia do país, a solução das moedas digitais e como o blockchain ajuda no enfrentamento à censura. A realidade mostra o mais baixo nível de produção de Petróleo desde 1988, inflação de 1 milhão por cento, crise humanitária, sucateamento da infraestrutura com falta de eletricidade, escassez de alimentos e êxodo de 2,3 milhões em 2018. 
A história dos criptoativos remete a 2012 com o grupo no Facebook "Bitcoin Venezuela," ponto de encontro dos interessados, culminando com a abertura em 2014 do SurBitcoin o primeiro intercâmbio operacional no país. Hoje a Venezuela ocupa o quarto lugar em volume comercial de saldos Bitcoin através da plataforma LocalBitcoins, enquanto o CriptoLugares site registra cerca de 100 estabelecimentos aceitando pagamentos em criptoativos. O Mercado Livre possui 800 comerciantes atuando com moeda digital no acesso a produtos e serviços. A mineração vivencia paradoxo com mais de 100.000 mineiros em 2017 e reprimida por ação governamental. O Petro foi considerado fracasso comercial pela falta de clareza se era ativo do ERC-20 ou do Blockchain da NEM e com valor acima do poder de compra do cidadão. Por fim, indica que há moedas digitais e tecnologia Blockchain como alternativas à população pelas soluções como AirTM, EatBCH, GiveCrypto, PaleBlue, Democracia da Terra.
Em tempo: por afinidades entre o Petro e o Dash, comunidades colombianas e venezuelas procuram incentivar seu crescimento nestes países. Com orçamento de 1.800 DASH ou U$ 276 mil dólares em projetos focados na Venezuela através da formação de empresários, criação de empresas, jornalistas, líderes comunitários e educadores. Adotar o DASH no pagamento, poupança e investimento como alternativa à questão econômica venezuelana, transformou o país vizinho com mais iniciativas ligadas ao criptoativo buscando obter 3 mil empresas à sua aceitação comercial.  

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Interoperabilidade

A Siemens avisa que acredita no auxílio da tecnologia blockchain aumentando a interoperabilidade entre empresas, via ligação entre consumidores, produtores de energia e operadoras de rede. A tecnologia permitiria eficiência dos sistemas energéticos e novas formas de financiamento de projetos de soluções de controle de microgrids e otimização do consumo. Em 2016 foi parceira no desenvolvimento de micropainéis da startup americana LO3 Energy, que permitem o comércio local em plataforma blockchain entre produtores e consumidores de energia. A solução testada no Brooklyn alimenta o retorno do excesso de eletricidade à rede local recebendo pagamentos dos compradores.
Neste conceito, duas divisões de energia da empresa se associaram a Energy Web Foundation (EWF), plataforma blockchain escalável de promoção de tecnologias descentralizadas no setor. A EWF fundada em 2017 para soluções regulamentares, operacionais e de mercado no setor de energia, será parceira da Siemens através dos departamentos de gerenciamento de energia e serviços de geração de energia, otimizando controle sobre consumo e acelerando sua implantação comercial, consequente ao crescente aumento de membros corporativos, parceiros de tecnologia e investidores estratégicos ativos no setor de energia. O objetivo da Siemens é moldar proativamente o futuro dos aplicativos de energia baseados em blockchain, centrados no consumidor e negócios na operação de sistemas de energia distribuída, microrredes e financiamento.
Moral da Nota: A tecnologia da cadeia de blocos é ativamente testada por grandes players de energia em diferentes partes do mundo. Como exemplo, a SP Group principal empresa de serviços públicos de Cingapura, fornecedora de eletricidade e transmissão de gás no país, lançou um mercado de contabilidade distribuída ou blockchain para negociar energia solar. A sul-coreana KEPCO, maior fornecedora de energia do país, usará blockchain e soluções inovadoras de energia visando o desenvolvimento de microgrids ecologicamente corretos.
Em tempo: microgrid ou microrede ou sistema de energia consistindo em fontes distribuídas e cargas capazes de operar em paralelo ou independente da grade de energia principal. O exemplo acima do Brooklyn. 

domingo, 25 de novembro de 2018

Morte prematura

O Relatório 'Qualidade do Ar na Europa-2018' da Agência Ambiental Européia, indica que 500.000 mortes prematuras/ano na Europa decorrem de poluição atmosférica. O mais fatal desses poluentes é o material particulado fino (PM 2.5) com 422 mil mortes prematuras em 41 países europeus, 391 mil nos 28 estados membros da UE contra 79 mil causadas por dióxido de nitrogênio (NO2), sub produto da emissão por díesel e 17,7 mil por ozônio (O3). Cerca de 74% da população urbana da União Européia é exposta a concentrações de partículas finas excedendo limites fixados pela OMS em 2015, aumentando para 98% a poluição pelo ozônio. 
Aponta melhorias pelo fato de países europeus introduziram medidas de redução de emissões através de carros, indústria e produção de energia mais limpas, longe de cumprir as recomendações da UE e das recomendações da Organização Mundial de Saúde. França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Romênia e Hungria foram condenados por não adotaream medidas de redução da poluição atmosférica.
Moral da Nota: o transporte rodoviário impacta forte na poluição, por conta de em ambientes urbanos, emissões prejudiciais serem produzidas a nível do solo com estreita proximidade das populações humanas. Agricultura, produção e consumo de energia geram alta proporção de emissões de gases efeito estufa. 

sábado, 24 de novembro de 2018

Ciência e Agricultura

A Yonhap News Agency da Coréia do Sul avisa que os Ministérios da Ciência e Agricultura do país usarão Blockchain para rastrear cadeias de suprimento de carne bovina, com  programa piloto em fazendas de gado e matadouros na província de Jeolla do Norte. A iniciativa visa fornecer aos consumidores informações sobre sua fonte de alimentos através do rastreamento de toda cadeia de suprimentos. O atual rastreamento de gado no país fornece informações do nascimento ao abate, embalagem e vendas garantindo segurança da carne através de relatórios em papel, dispendioso, gastando tempo e expondo a riscos de certificados falsos. Por meio da plataforma de tecnologia blockchain, informações relacionadas e certificados no livro distribuído aumentarão a eficiência e credibilidade do sistema. 
Moral da Nota: A tecnologia blockchain para rastrear produtos agrícolas ganha escala no mundo. O maior exportador de grãos da Austrália, o CBH Group, se associou na tecnologia blockchain a startup local para rastrear remessas de aveia. As quatro maiores empresas agrícolas do mundo, Archer Daniels Midland Co., Bunge Ltd.,  Cargill Inc. e Louis Dreyfus Co., conhecidas como ABCD, concordaram em usar tecnologia blockchain e inteligência artificial (IA) na redução de custos buscando comércio mais eficiente e transparente.
Em tempo: a questão do meio ambiente envolvendo gado e desmatamento entre nós, coloca o agronegócio no dilema da contabilidade distribuída (DLT), no rastreio de toda a cadeia de suprimentos visando qualidade e transparência, fundamentais para ganhar mercado no mundo. A questão não é ideológica mas tecnológica.  

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Open science chain

O governo americano participará com 800 mil dólares em financianciamento na criação da Open Science Chain, plataforma de contabilidade distribuída desenvolvida na Universidade da Califórnia, concedido pela National Science Foundation (NSF) a Subhashini Sivagnanam, pesquisador da Divisão de Computação Científica do Centro de Supercomputação de San Diego. A NSF serve como impulsionador de iniciativas de pesquisa nos EUA aproveitando recursos federais, tendo financiado outros projetos Blockchain focados em diferentes aspectos dos mecanismos de incentivo de criptomoeda.
Segundo os registros da fundação, o projeto envolve "uma plataforma de infra-estrutura cibernética baseada na web construída usando tecnologias de contabilidade distribuída, permitindo pesquisadores fornecer metadados e informações de verificação sobre seus conjuntos de dados científicos e atualizar tais informações como conjuntos de dados, mudando e evoluindo ao longo do tempo de forma auditável." 
Moral da Nota: a rede constituiria um catálogo vivo e digital de trabalho científico, crescendo à medida que mais informações fossem adicionadas e desenvolvidas trazendo confiança a pesquisa pelos dados examinados. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Cerco bravo

O Irã conclui o desenvolvimento de criptomoeda nacional apoiada pela unidade fiduciária local, o rial. O diretor executivo da Corporação de Serviços de Informática (ISC), avisa que a criptomoeda estatal “pode ser usada em estrutura distribuída e individual para transferir sem interferência de qualquer instituto.” A infraestrutura bancária blockchain será concedida a bancos comerciais iranianos como instrumento simbólico de pagamento em transações e liquidação bancária.
Moral da Nota: as sanções americanas contra o Irã a exceção de oito países, usa a rede bancária global Swift para cortar laços com o Banco Central do país. Cortaram o mercado de petróleo, navegação e gás além do sistema financeiro, sendo que anteriormente tiveram a moeda como alvo, a indústria de aviação e outros setores. As Bolsas globais Binance e Bittrex retiraram o país da lista de nações para receber seus serviços. O Irã espera alavancar com criptomoedas e compensar as sanções econômicas que visam conter exportações de gás e óleo. 
Em tempo: A Rússia fornecerá apoio ao desenvolvimento da economia de criptografia iraniana, ambos sujeitos a sanções ocidentais. Assinado pela RACIB, Associação Russa de Cryptoindustry and Blockchain e Iran Blockchain Labs ou IBL, um centro de inovação criado pela Universidade Sharif de Tecnologia com a participação do Banco Central do Irã encarregado da implementação de tecnologias digitais. Especialistas russos apoiarão os esforços para legalizar e regular o setor de criptografia do país. O acordo russo-iraniano surge após acesso negado à instituições financeiras iranianas ao Swift, sistema internacional que permite bancos transmitir mensagens e transferir fundos inter fronteiras. A medida limita as opções iranianas de pagamentos internacionais, importante exportador de óleo e gás. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Criptoenergia

A cadeia de blocos ou contabilidade distribuída, encontra espaço nas atividades de distribuição de energia, combate à corrupção, rastreamento de diamantes, tráfego de espécies ameaçadas e consumo de água. A proliferação da tecnologia ajuda expandir a energia renovável, contribuindo assim, ao alcance de sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento. No relatório preparado pelo Centro para a Quarta Revolução Industrial do Fórum Econômico Mundial (WEF), pela consultoria transnacional PwC e pelo Woods Institute for the Environment da University of Stanford, "Cadeias de blocos de construção para um planeta melhor" foram identificadas mais de 60 aplicações blockchain. No primeiro trimestre de 2018, 412 projetos de contabilidade distribuída atraíram cerca de 3.3 bilhões de dólares e apenas 100 milhões de dólares ou 3% do total são usados ​​para financiar projetos de energia.
Um desses projetos é o SolarCoin (SC) baseado na cadeia de blocos, promovendo energia solar com 4.500 usuários em todo o mundo. O gerador solar registra seus dados de produção na Fundação SolarCoin, que aprova o pedido enquanto os usuários recebem um SC por megawatt/hora causado, que podem usar no mercado digital ou trocar por moedas fiduciárias como dólar ou euro. As transações são coletadas, verificadas e resumidas em blocos criando a cadeia SolarCoin distribuída. A Contabilidade distribuída resulta em um registro descentralizado, incorruptível e auditável da energia solar produzida. A organização mantém um livro de contabilidade pública que registra cada criptomoeda entregue aos geradores. O projeto representa 6% da geração solar mundial, promove em 68 países energia fotovoltaica em 2.100 gigawatts/hora. Na América Latina, o Chile gerou 59.965 SCs, o Brasil 12.848 SCs e o México 1.068 SCs. Circulam no mundo 47,75 milhões de SolarCoin (SC), cuja unidade está cotada a 0,05 centavos. O projeto possui empresas afiliadas no Brasil, Colômbia e Costa Rica, pretendendo cobrir 10% da geração solar em 2019 e adicionar mais 200.000 membros. Por fim, analisa o lançamento de um cartão de débito que operaria com SC e moedas com o qual o usuário pagaria por bens e serviços.
Moral da Nota: o relatório do WEF, da PwC e do Woods Institute, encontra obstáculos na adoção da tecnologia, barreiras computacionais, riscos de segurança, desafios legais, regulatórios e de consumo de energia, argumentando que devem ser abordados visando ganhos de escala.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Perspectivas

Mais de 100 cientistas de 30 instituições inseridos no projeto Rainfor, avaliaram o impacto do aquecimento global sobre espécies de árvores em diferentes lugares da bacia amazônica. Detectaram espécies vencedoras e perdedoras em um clima alterado pelo homem. Segundo a pesquisa, o efeito estufa altera a composição das espécies de tal modo tornando a mitigação insuficiente. Secas, aumento das temperaturas e de Co2 alteraram desde a década de 1980, o crescimento de espécies de árvores específicas acarretando mortalidade. As mais afins a umidade morrem em altas taxas e com mais freqüência que as adaptadas à seca afetando a conservação da floresta, enquanto as maiores competem favoravelmente sobre espécies de plantas menores. 
Por sua vez, pesquisa feita por brasileiros, europeus e americanos, indica perdas econômicas no Brasil consequente a Mudança Climática (CC). Os modelos prevêem a substituição da floresta por savana chamada de morte da Amazônia, acarretando incapacidade do sequestro de CO2 a taxas atuais, agravando a mudança climática, acelerando o desaparecimento da floresta além de extinção de espécies vegetais e animais. Este quadro acelerará migração humana, provavelmente à centros urbanos, com maior demanda de necessidades incluindo água. A estimativa relacionada a habitação, transmissão de doenças e etc seria entre 1 e 3,6 trilhões de dólares. Em caso de mitigação eficiente, hoje, os custos seriam entre 27 e 64 bilhões de dólares. 
Moral da Nota: Floresta e clima nos remete a Califórnia enfrentando seu maior sinistro. Vale registrar as palavras de Presidente Trump em visita a região afetada. Textualmente: “é muito triste de ver” quanto ao aquecimento global ter influência no incêndio disse “pode ter contribuído um pouco” mas “o maior problema é a gestão.” “Em relação ao número de mortos, ninguém sabe verdadeiramente neste momento, há muitas pessoas que continuam desaparecidas.” A vida ensina a todos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Entre nós

Painéis fotovoltaicos instalados no Morro de Santa Marta no Rio de Janeiro, viabilizam a energia elétrica pelo alto custo decorrente à estimativas de consumo feitas pela Light, distribuidora local de eletricidade, baseiados na telemetria sem leitura dos medidores de cada endereço. Neste ambiente foi criada uma empresa de "negócios sociais," a Isolar, atuando no bairro desde 2015, que além de buscar financiamentos à projetos no Santa Marta, trabalha para viabilizar sistemas piloto em 14 outras favelas do Rio de Janeiro. Quinze instituições entre creches, igrejas, Associação de Moradores contam com energia solar cujos painéis foram viabilizados com apoio da Shell. No momento busca expandir a inciativa à 30 empresas instaladas no Santa Marta.
A primeira a ser beneficiada foi a creche Mundo Infantil fundada em 1983 para que as mães pudessem trabalhar fora. Atende 60 crianças cuja eletridade passou de 300 reais para zero. A maior instalação solar está na CEPAC na parte mais baixa e urbanizada da comunidade, abrigando 150 crianças e ligada ao colégio Santo Inácio. Reduziu em 80% os gastos com energia graças a um terraço verde e dois conjuntos de painéis solares. Em termos práticos a conta minguou para um quinto dos 5 mil reais em 2016, dinheiro usado na expansão de material pedagógico. Uma outra inciativa ainda embrionária está no morro da Babilônia em Copacabana, com instalação de 12 painéis solares no Hotel Estrelas em 2016, economizando CR$ 160 reais mensais que permitem o pagamento do financiamento.
Moral da Nota: no Santa Marta um curso de eletricidade e instalação de painéis fotovoltaicos viabiliza sua instalação associados a lâmpadas e equipamentos de baixo consumo. A palavra de ordem é escalabilidade, ganhar escala, cuja próxima fase incluirá o uso da Contabilidade Distribuida ou Blockchain, visando com o tempo, venda de excedentes.  

domingo, 18 de novembro de 2018

O sucessor do Barão

A propósito da declaração do futuro Min. Relações Exteriores do Brasil rejeitando o consenso científico sobre a mudança climática, muito comentada nos bares do Vale do Silício e nos cafés parisienses ou nas Universidades de ambos os países, vale lembrar que foi a mais de cem anos que o químico sueco Arrehnius publicou um artigo dizendo que o Co2 aumentava sua concentração na atmosfera. Na década de 1950 começaram a falar em elevação da temperatura da terra, diga-se de passagem com o Macartismo em marcha. 
Vale lembrar que lá pelos idos de 1970, quando Holywood era financiada forte pela indústria do tabaco, vivenciou um advogado americano processar as Corporações tabaqueiras, baseado em informações científicas afirmando que o cigarro era cancerígeno. Comeu o pão que o diabo amassou inclusive o de estar a serviço do Império Soviético.  
Vale ainda lembrar que lá pelos anos 1980 quando em Los Angeles, terra do cinema, quando o surgimento de três casos de homossexuais mortos por infecção oportunista por incapacidade de resposta imunológica chamada Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), imediatamente o sistema capitalista ou comunista, dependendo do lado, era o causador da besta. Os médicos em contato direto com o problema pagaram o pato da demanda. 
Moral da nota: juntar mais de cem anos de pesquisa científica, um enfrentamento de décadas no convencimento da indústria de óleo e gás que seus produtos aquecem a terra e reduzir tudo a uma simples teoria conspiratória marxista, definitivamente atenta contra o esforço de milhões de homens e mulheres que dedicaram toda uma vida ao estudo da questão. Será que o Barão do Rio Branco ia gostar de saber disso?

sábado, 17 de novembro de 2018

Paisagem e urbanismo

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Forum Econômico Mundial desenvolveram um índice chamado de Green View Index, usando dados do Google Street View para quantificar o número de árvores nas grandes cidades. Permite avaliar e comparar a cobertura verde em ambientes urbanos, cujo objetivo é oferecer ao cidadão ferramenta e dados obtidos a partir das análises realizadas. Denominado Treepedia o projeto coleta dados de 27 grandes cidades, embora expandam progressivamente suas análises graças aos mapas que recolhe, localizando áreas mais verdes e comparando com outras cidades. Qualquer um poderá no futuro adicionar informações sobre árvores em um mapa de código aberto e interagir com as autoridades, solicitando que mais árvores sejam plantadas em áreas específicas. Outra peculiaridade da Treepedia é o fato de levar em conta apenas árvores plantadas nas ruas, não nos parques urbanos, que aparece em branco em seus mapas. 
Foi demonstrado que as árvores podem ajudar a baixar a temperatura entre 2º e 8⁰ C, além do efeito calmante tornando mais agradável a vida urbana. Promovem a biodiversidade atraindo pássaros e insetos, absorvendo CO2 com efeito despoluidor e ilimitados benefícios ao ecosistema. As árvores das grandes metrópolis dão um papel de liderança nos planos de planejamento urbano. Cingapura ocupa o primeiro lugar com 29,3% de sua área coberta por vegetação, para uma população de 7.000 habitantes por metro quadrado e no extremo oposto, Paris, com 8,8%. Londres é uma cidade verde cheia de grandes parques urbanos, cujas ruas não têm muitas árvores ocupando o 23º lugar das 27 analisadas. Até 2050 Seatle tem proposta em transformar-se na cidade neutra em carbono cujo índice de floresta é 20%. Tampa em primeiro lugar na lista americana com cobertura verde quantificada com o Green View Index de 36,1% e densidade populacional de 1.283 habitantes/km². Frankfurt é uma das mais sustentáveis ​​e habitáveis ​​do mundo com cobertura arbórea 21,5%, além de promoção da mobilidade sustentável e uso de bicicletas, já reduzindo suas emissões em mais de 15%. Trata-se de um dos maiores centros financeiros e econômicos da Alemanha, provando que a sustentabilidade não está em desacordo com a prosperidade. 
Moral da nota: pesquisadores consideram os parques urbanos um componente essencial para a habitabilidade urbana. O projeto Treepedia tem como objetivo tornar visíveis as árvores plantadas nas ruas, muitas vezes desapercebidas, sendo componente fundamental à paisagem urbana.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Lá e cá

Com base em imagens de satélite fornecidas pelo Planet Labs, projetos de energia a carvão foram retomados na China após congelamento de dois anos. Análise da CoalSwarm estima que 46,7 gigawatts de construção de energia nova a base de carvão são visíveis. Por conta do aumento da demanda de energia o trabalho de construção avança.
Números do Departamento Nacional de Estatísticas mostram um salto de 9,4% no uso de eletricidade e em consequência, o consumo de carvão aumentou 3,1% no primeiro semestre de 2018 comparado com o mesmo período do ano anterior. Dados econômicos indicam que a recuperação da demanda de energia da China é impulsionada pela geração de energia a carvão. Desde 2016 a capacidade de geração excessiva foi um dos maiores problemas enfrentados pelo setor de carvão nacional. Quando concluídas, as usinas aumentarão a capacidade de energia a carvão em 4%. Em abril de 2016 a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma junto com a Administração Nacional de Energia, autoridades de planejamento econômico e regulamentação energética do país, emitiram documento instruindo as províncias a limitarem a capacidade total de energia a carvão. Quase metade das províncias foram orientadas a adiar a construção de novos projetos e em 2017, a Administração Estatal de Energia suspendeu o trabalho em mais de 100 usinas em construção.
Do lado de cá desmatar a Amazônia em tempos eleitorais, geralmente aumenta por promessas de candidatos em tornar a legislação ambiental mais flexível. Nesta campanha eleitoral, críticas a supervisão do Ibama, chamado de excessivo e ideologicamente tendencioso, desaguou num salto de 50% de perda florestal em três meses de campanha, com perda de 1.674 km² entre agosto e outubro ou o dobro do tamanho de Nova York ou 273% em relação ao mesmo período do ano passado. A área mais intensa foi a fronteira entre Acre e Amazonas. Os dados são do sistema de monitoramento por satélite, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em tempo real chamado Deter B, disponíveis publicamente, cuja taxa anual é calculada pelo projeto Prodes do INPE. 48,8% é diferença alertando o que poderá vir.
Moral da Nota: a escassez de eletricidade regional e relatos de demanda superando a oferta, resultou no afrouxamento das restrições no setor de energia do carvão. Em maio de 2018, a Administração Nacional de Energia chinesa permitiu o reinício da construção de usinas termoelétricas a carvão. Entre nós, desmatamento busca transformar tudo em um grande pasto ou mega monocultura. A pergunta que não cala é se tem mercado para toda a soja e carne produzida na Amazônia?