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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Paradigmas

Todos sabemos que o comunismo como ideologia de estado aguarda recauchutagem, banho de loja, que certamente não será através do companheiro motorista venezuelano Maduro. Karl Marx, advogado judeu alemão pobre, escreveu o Manifesto Comunista com o amigo rico filósofo Friedrich Engels, cuja obra mais emblemática, O Capital, mostra alguns paradigmas  talvez vivos na sociedade pós moderna, globalizada e líquida do também judeu polonês, ex-agente da KGB, Zygmunt Bauman. Morreu em 1883, enterrado no cemitério de Highgate (Londres) onde se lê o epitáfio: 'Trabalhadores do mundo unam-se'.
Sugestões marxistas vivas na globalização: através do ativismo político, no Manifesto Comunista Marx e Hengels falam da luta de classes antagônicas, influenciando a sociedade na literatura, educação e até a arte. Falou da internacionalização dos mercados, alertando sobre o risco da crescente desigualdade.
Outra sugestão de Karl, trata da recorrência de crises econômicas, hoje chamadas de recessões, errando quando afirmou emergir pela indústria pesada e vieram pelos mercados de capitais. Tal ciclo se iniciou na crise de 1929 com auge na crise de 2008 e graças a Karl, as turbulências são vistas hoje com mais atenção.
Outra sugestão marxista, trata dos lucros excessivos e do monopólio, inseridos na mais valia, em que o trabalhador gera um valor muito acima do valor de sua força de trabalho. A maximização do lucro, a concentração e centralização do capital levam ao desemprego e depreciação salarial. O The Economist fala em estagnação salarial vista nos EEUU e na explosão salarial nos altos excutivos. Hoje, salta aos olhos o acúmulo visto nas grandes empresas formando monopólios. Marx falou disso ou é inverdade?
Por fim, no Manifesto Comunista, Marx fala da disseminação global capitalista gerando instabilidade internacional, pela constante expansão via colocação dos produtos da classe burguesa (classe social detentora de capitais com visão materialista do mundo, para o marxista, classe social detentora dos meios de produção, preocupada com valor da propriedade e preservação do capital visando garantir supremacia econômica na sociedade).
Em tempo: não se trata aqui de apologia ao marxismo, mas tentativa de reflexão se tais paradigmas são reais, atuais, consistentes ou simplesmente ilusão de ótica.