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sábado, 9 de dezembro de 2017

Quarenta anos

Poucos se lembram mas completou em novembro de 2017 quarenta anos da visita surpresa do presidente egípcio à época a Jerusalém, convidado pelo primeiro ministro israelense à época do partido ultra nacionalista Likud. Após este evento, em novembro de 1978 iniciaram as negociações que culminaram com o acordo de paz assinado em 26 de março de 1979. Pelo acordo, Israel se retirava do Monte Sinai e criava a Autoridade Palestina, ficando o status final de Jerusalém e Gaza quando da resolução do acordo final com os Palestinos. Os principais líderes à época eram o presidente americano Jimmy Carter, o Xá Reza Pahlavi do Irã pró ocidente, Cairo a capital da liga árabe, Arafat, o egípcio, o líder palestino, Khomeini morava em Paris, O rei Hussein da Jordânia que posteriormente faria seu acordo além de  Sadat e Begin.
De lá pra cá, muita água passou embaixo desta ponte com a revolução xiita do Irã, o assassinato de Sadat em 1981, o acordo de liberação dos judeus cativos na Síria em 1992, o acordo de Oslo que criava a Autoridade Palestina, o assassinato do Premier Isaac Rabin, várias revoltas palestinas e a votação pelo Congresso Americano em 1995 da transferência da embaixada dos EEUU para Jerusalém. Talvez muitos nem se lembrem mas tal votação causou perplexidade à época ficando a situação em suspenso até o atual presidente.
A questão que valeria a pena ser levantada pelo cidadão comum seria a seguinte: os atores em evidência à época eram o partido Likud o mesmo do atual Premier israelense, Arafat que discordou da criação da Autoridade Palestina pois defendia um estado soberano, os presidentes egípcio e americano. Todos concordariam que um partido ultra nacionalista não iria devolver o emblemático Monte Sinai de mãos vazias, considerando que a questão é um mix de política, raça e religião. Valeria a pergunta que não cala: será que alguém pisou na bola com alguém e a corda arrebentou do lado mais fraco? Arafat passou para a história como intransigente porque esteve com a paz nas mãos e não cedeu, o que será que houve? Agora, se passaram quarenta anos da visita de Sadat a Jerusalém e quarenta anos são quarenta anos.