Petróleo e gás

Comunicado informa que sete globais de petróleo e gás incluindo as americanas ExxonMobil e Chevron firmaram nos Estados Unidos parceria para criação de consórcio blockchain, Oil & Gas Blockchain Consortium no Comitê de Operadores Offshore (OOC), conduzindo provas de conceito (PoC) na exploração e aplicação dos benefícios da tecnologia contribuindo à sua adoção global. Trata-se da primeira iniciativa do gênero na indústria de petróleo e gás nos Estados Unidos. O conselho da OOC é composto por representantes das sete empresas fundadoras, a ConocoPhillips, Hess, Pioneer Natural Resources, Repsol e Norwegian Equinor ao lado da Chevron e a ExxonMobil com receitas em 2017 de US$ 237 bilhões e US$ 134 bilhões respectivamente. Um conselho de diretores supervisiona o financiamento do consórcio, garantindo a manutenção dos procedimentos operacionais e a aprovação do projeto.

A tecnologia Blockchain usa ledgers distribuídos permitindo que ativos digitais sejam transacionados em tempo real de modo imutável. O OOC Oil & Gas Blockchain Consortium, fundamentado na promoção do aprendizado blockchain na indústria busca impulsionar padrões, estruturas e capacidades em torno da tecnologia emergente. Estabelecido sob organização sem fins lucrativos Offshore Operators Committee, oferece participação baseada em associação. Dentre os pilares de sustentação do Conselho estão aprendizado, liderança e alavancagem da tecnologia emergente na indústria de petróleo e gás, avaliando com provas de conceito conduzindo pilotos. Dentre os benefícios e aplicações estão transações mais rápidas, disputas reduzidas, segurança aprimorada e custos mais baixos. Além de facilitar adoção de blockchain na padronização de dados, processos, segurança e conformidade da indústria. Por fim, conduzirá a configuração padrão pelo alinhamento da indústria petrolera nos principais componentes blockchain, incluindo estruturas de governança, parâmetros de contratos inteligentes, protocolos de consenso e requisitos de criptologia.

Moral da Nota: a criação do consórcio estabelece padrões orientados à blockchain nas estruturas e capacidades da indústria de petróleo e gás. Por sua vez, a Vakt, lançada em novembro de 2018 para melhoria do comércio de commodities reduzindo burocracia, como plataforma blockchain de pós-negociação ao petróleo, incluiu mais quatro clientes aos apoiadores iniciais como BP, Shell, Total, Chevron, Equinor e Reliance Industries. 

Rio de Janeiro

Na história recente do Brasil, quase no esquecimento pelos escândalos políticos, nos mostra que lá pela década de sessenta, uma consultoria americana concluiu que o petróleo em terra era inviável, portanto, o Brasil deveria buscá-lo no mar. Por conta disso, na década de setenta a Petrobras, por semelhanças geológicas entre o Irã e Campos e pela facilidade política de cooperação entre o regime do Xá e o Ocidente, engenheiros, geólogos e técnicos foram enviados para lá, a fim de aqui aplicarem o que aprenderam. O resultado foi a descoberta do petróleo em Campos anunciado em 1975, nos dando a auto suficiência na commodity.
De lá pra cá muita água passou por baixo da ponte, desde a revolução iraniana em 1979 até o despertar da cobiça pelos nossos políticos. A Petrobras tinha o Cenpes no Fundão e a UERJ tentou fazer seu centro de pesquisa em Campos, cidade que acabou, por conta do petróleo, dominando a política fluminense por alguns  anos. O tempo mostrou que o Cenpes era mais consistente, lá estava a verdadeira elite do petróleo e gás, desenvolveram pesquisas, materiais novos e cavaram mais fundo, achando uma quantidade maior e melhor. Um lucro ao país que ninguém na modernidade conseguiu. Infelizmente, a Petrobras passa para a história recente como vítima de assalto político. A UERJ encontra-se hoje a espera de um milagre, com estudos, desenvolvimentos mil, teses em compasso de espera ou perdidas por aí. O Cenpes continua lá, produzindo, educando, formando e olhando o futuro pois a questão da energia enfrenta desafios pelo impasse do clima. Os políiticos, aguardam nova possibilidade de voltarem a brilhar. Apesar de todos e de tudo que possa ter ocorrido nos últimos 50 anos, a Petrobras por sua maior riqueza, ou, seu capital humano, não deixou de cumprir o objetivo a que foi criada; petróleo e gás.

Petróleo e gás

O extremo leste da Rússia é rico em gás e petróleo, tendo campos operados pelas empresas Gazprom e Rosneft, com promissoras jazidas de olho no mercado asiático. A Gazprom opera quatro poços de gás em terra, envolvendo a produção no mar de Okhostk ao longo da costa ocidental de Kamchatka.
Moral da história: ninguém discute que a riqueza gás, faz parte dos planos futuros de energia visando a equação do clima. Ninguém discute que desenvolve as regiões envolvidas. Não só a Rússia em que petróleo e gás foram fundamentais ao fim do comunismo, como o caso de Israel e Egito que descobriram no Mediterrâneo promissoras jazidas de gás, sendo que Israel, já fala em vender o excedente à Jordãnia.
O problema é o seguinte: forte terremoto de magnitude 7,7 atingiu o mar de Bhering que, segundo os russos, não danificou as plataformas na região.
Três pequenas ideias a respeito: O mar de Gaza é próximo deles com a mesma formação geológica de Egito e Israel. A Síria também é próxima a Israel com fortes interesses russos. Por fim, com todo respeito aos  envolvidos, torçamos que nada aconteça a região leste da Rússia, mas sabemos que é região de terremotos e dor de barriga não dá uma vez só. Se lembra de Fukushima?
Concluindo: a Total está junto com iranianos no petróleo, o Egito junto com italianos no gás, a Rússia junto com sírios no gás e Israel com americanos, cujo secretário de estado é do ramo. Em aberto o quinhão palestino, isso, lembrando que os turcos andam por lá, já que Iraque anda meio complicado. O pior mesmo é que o futuro aponta a região como uma das mais golpeadas pelo efeito estufa. A vida como ela é!
Em tempo: como diz o poeta 'A vida é viagem/ manhã despontando lá fora/ manhã já é sol já é hora/ mas quem a vida se entrega/ a sorte não nega/ seu braço seu chão'.