Seca e economia

Pesquisa da Universidade Politécnica de Valência, desenvolveu metodologia de análise de risco do impacto econômico da seca sobre a agricultura de irrigação, buscando reduzir seus potenciais danos.
O método consiste em conhecer efeitos da mitigação, redução de perdas econômicas pelo valor de mercado, disponibilidade de recurso hídricos e volatividade da safra. Em suma: basea-se na modelagem estocástica, regressão estatísitica e econometria.
OBS: em resumo, prejuízo, incerteza, disponibilidade.

Trigo boliviano

Lançada na Bolívia uma variedade de trigo chamada de TBO Mestre, desenvolvido pela Biotrigo Genética do Brasil. Com características de alta resistência a Pyricularia, principal enfermidade da cultura neste país, adequado à regiões mais áridas e com menores volumes de chuva.    

Classificado como ótimo à regiões mais quentes e solos com presença de alumínio tóxico, fator mais importante em regiões com chuvas fracas. Foram plantados cerca de 109 mil hectares, na esperança de afrontar a pior seca do país e melhorar a segurança alimentar. 

Moral dessa história:  melhor plantar pão do que aquela folha.

Nota do Sr Da Silva

Referindo-se a seca em geral o Sr Da Silva, Chefe da FAO, disse: "As pessoas morrem porque não estão preparados para lidar com os efeitos da seca, porque os seus meios de subsistência não são suficientemente resistentes," e concluiu, "Claro que é importante a ajuda emergencial, mas é essencial investir na preparação e resiliência".

Nota sobre a Costa Rica

Cientistas da Universidade da Costa Rica e do Instituto Nacional de Inovação e Transferência de Tecnologia e Agropecuária, desenvolveram após cinco anos de pesquisa uma variedade de feijão resistente a seca.
Chamada de Nambi é originaria do Centro Internacional de Agricultura Tropical da Colômbia, tem como característica principal tolerância à secas, funcionando melhor nas regiões Norte da Costa Rica. Testada em diferentes áreas é a primeira variedade de feijão como resposta a alterações climáticas.
OBS: o semi árido nordestino agradece.

Nota sobre Stanford

Um estudo da Universidade de Stanford concluiu que 80% do planeta está influenciado por ondas de calor por ação humana. Já a seca atualmente está na casa de 57% das regiões e as inundações em 41% da superfície terrestre.

Avaliaram também que os eventos mais quentes e mais extremos ocorrem nos trópicos. Já no caso de degelo Ártico descobriu-se que a pressão atmosférica ocorrida na onda de calor da Rússia em 2010 acabou por tornar-se padrão. Eventos extremos no norte com fortes variações de pressão atmosférica associadas à fortes ventos é o padrão.

Custo da seca na África

A União Africana avisa que 50% da ajuda alimentar recebida pelos africanos decorre de desastres naturais. Destes, o mais evidente é a seca com impactos econômicos e ambientais provocando deslocamentos em massa. Em 2012, a ONU ajudou 54,2 milhões de pessoas na África com 2,7 bilhões de dólares ou 66% do orçamento.
A África Subsaariana e o Malawi enfrentam a pior estiagem em 10 anos, com queda da produtividade e do crescimento econômico. O nordeste da Nigéria o problema se agrava por conflitos armados obrigando o deslocamento de 2,5 milhões de pessoas. O  Sub-Saharan Lake Chad Basin, perdeu 90% da massa d´água entre 1963 e 2013 abrangendo partes da Nigéria, Camarões, Chade.
Em tempo: A África do Sul acaba de inaugurar uma planta de dessalinização de água que fornecerá água potável à 150 mil residências, apesar dos altos custos.